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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Autarcas querem fazer do Cachão projeto âncora de Trás-os-Montes

 Os autarcas querem fazer do Cachão um projeto âncora para as Terras de Trás-os-Montes, transformando o antigo complexo agroindustrial num novo polo tecnológico apresentado hoje à ministra da Coesão Territorial.

O antigo CAICA (Complexo Agroindustrial do Cachão) encerrou em 1992, data em que as câmaras de Mirandela e Vila Flor, no distrito de Bragança, pegaram na “pequena cidade industrial”, como lhe chamou hoje a ministra Ana Abrunhosa.

Quase três décadas depois, o complexo não conseguiu recuperar os tempos áureos da fundação, na década de 1960, e os autarcas lançaram-se num novo projeto de revitalização, que passou a abranger a região com o apoio da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes.

A CIM que abrange nove municípios foi quem encomendou e pagou 50 mil euros pelo estudo com as diretrizes para o complexo apresentadas hoje e que o presidente daquela entidade, Artur Nunes, resumiu como “um projeto âncora para o desenvolvimento das Terras de Trás-os-Montes”.

“Achamos que o Cachão estava aqui, é um desperdício efetivamente o que tem acontecido neste últimos anos e achamos que, para o futuro, pode ser uma alavanca para uma série de projetos, de investimentos”, afirmou o presidente da CIM.

O estudo apresentado hoje é o primeiro passo e o plano estratégico será executado depois de “ouvir os atores locais”, nomeadamente numa apresentação pública que deverá ocorrer durante o mês de outubro.

“Aquilo que se põe em cima da mesa hoje não é tanto a questão de uma revitalização, mas tem a ver com a sustentabilidade a viabilidade do Cachão e, por isso, é importante envolver a todos num projeto conjunto, num projeto em que cada um vai contribuir para que o Cachão seja um valor acrescentado para aquilo que já se produz e aquilo que se pode vir a comercializar”, apontou.

A CIM, que representa nove municípios do distrito de Bragança, assume no processo um papel agregador, desde autarcas a outros agentes do território, como associações empresariais, e instituições de ensino superior, como o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O estudo elaborado por uma consultora propõe fazer do Cachão “um polo de apoio às fileiras agroindustrial e agroalimentar de Trás-os-Montes, concentrando um conjunto de serviços tecnológicos e de promoção de marcas de produtos locais, com espaço expositivo e associado aos futuros fluxos turísticos do Vale do Tua.

O presidente da Câmara de Vila Flor, Fernando Barros, acredita que estão criadas as condições para revitalizar este espaço emblemático do Nordeste Transmontano, atualmente com o abandonado estampado nas fachadas degradas e poucas empresas a funcionar.

O autarca admite que haverá dificuldades, mas aponta que a realidade atual é outro ao nível da conjugação de vontades e de estruturas como as ligações rodoviárias reforçadas na região, com o túnel do Marão, a Autoestrada Transmontanas e o IP2 e IC5.

A presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues, recordou que o caminho começou a ser feito com a reabilitação ambiental e retira dos resíduos acumulados em dois incêndios que afetaram o complexo.

O Fundo Ambiental financiou a operação e mais 200 mil euros para até ao final do ano retirar escombros e vedar o complexo.

O plano de revitalização, esse será para concretizar de forma faseada com a previsão de que “o primeiro investimento será à volta de três/quatro milhões de euros em serviços técnicos com o apoio do IPB e da UTAD”.


“A ideia parece bem” à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que deixou, no entanto avisos aos promotores locais, desde logo que “pela dimensão, é impensável que, de um momento para o outro, se altere esta realidade”.

A governante elencou também as condições que defende para a viabilidade, concretamente que seja sustentável, que seja um projeto que acrescente valor à economia local, que possa ser um projeto de internacionalização dos produtos, que têm de ser trabalhados com empresas especializadas”.

A ministra considerou que “é este o momento para fazer alguma coisa por esta zona”, indicando que está a acabar um quadro comunitário e a iniciar um novo e Portugal está a receber as verbas da solidariedade europeia no âmbito da pandemia covid-19, nomeadamente no âmbito do programa de recuperação e resiliência.

Financiamento é o que procuram agora as entidades locais, enquanto a ministra prometeu que o Governo vai analisar a documentação e ressalvou que “para o projeto ser viável tem também de ter investidores privados interessados”.

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