A metodologia de desenho universal para aprendizagem do alfabeto teve, segundo um estudo do Instituto Politécnico de Leiria, um impacto altamente positivo, em 99% dos casos em que o EKUI foi usado mudou a forma de ver a aprendizagem e a reabilitação.
A mentora do projecto, a transmontana Celmira Macedo, acredita que o impacto do EKUI pode, no entanto, ser bem maior.
“Desde 2015, a altura que foi para o terreno, até 2019 tivemos um impacto em cerca de 400 escolas que são supervisionadas por nós, porque o projecto provavelmente não chegou só a 80 mil pessoas, terá chegado a mais pessoas a nível nacional e internacional. Muitas vezes conseguimos evitar que pequenas situações se transformem em grandes problemas”, sublinha.
O projecto EKUI engloba um conjunto de 26 cartas acessíveis. Cada carta tem 4 formas de expressão: além de representação gráfica, cada letra do alfabeto tem associadas pistas visuais (alfabeto da língua gestual), pistas sonoras (alfabeto fonético) e pistas sensoriais (letras em Braille), que promovem a memorização, a aprendizagem e a inclusão.
A Associação Verd’EKUI quer agora alargar a abrangência do projecto ao desenvolver soluções digitais.
“Vamos avançar com um projecto digital, o que significa que mais professores, famílias e terapeutas vão poder aceder à metodologia e dessas 400 queremos estar em todas as escolas do país, daqui a 5 anos talvez”, afirmou.
Esta metodologia, que começou em 2003 a ser usada em escolas de Vinhais, foi já certificada pela Secretaria de Estado da Inclusão de Pessoas com Deficiência e pelo Instituto Nacional para a Reabilitação, bem como cientificamente validada pelo Instituto Politécnico de Leiria.
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