Desde o final do mês de Março, uma equipa especializada do Centro de Conservação e Restauro da Diocese de Bragança está a realizar um trabalho “minucioso” para garantir a estabilidade física e material do retábulo da capela do Santuário de Nossa Senhora do Amparo, a padroeira da cidade, que, após uma primeira análise, em Outubro do ano passado, foi constatado que estava em avançado estado de degradação.
“Notámos que estava um pouco danificado, não estruturalmente, mas tinha um ataque biológico por insectos, tem bastantes lacunas a nível da policromia, sujidade e depósito de poeiras do fumo das velas e ceras e também a camada de policromia está em risco”, explicou Joana Afonso, coordenadora do Centro.
Datado do século XIX, com 6 metros de altura e em talha dourada, há algum tempo que a Confraria de Nossa Senhora do Amparo vinha a chamar a atenção para a necessidade de obras urgentes para salvaguardar este património de valor histórico incalculável. Pelo que é com satisfação que o juiz da confraria, Sílvio Santos, vê avançar a obra financiada pela autarquia.
“Quando surgiu a pandemia e a não realização das festas, nós vimos uma oportunidade já que o subsídio anual da câmara para as festas é de 108 mil euros. Tentámos ser um pouco mais audazes e solicitar um subsídio extraordinário à câmara de 18 mil euros, o valor correspondente a dois meses do subsídio e com o compromisso de ser única e exclusivamente para o restauro do retábulo e capela”.
Uma satisfação corroborada pelo sacerdote daquela paróquia, o Padre Valentim Bom.
A obra é financiada em cerca de 24 mil euros pelo executivo camarário que, segundo a presidente, Júlia Rodrigues, é um dos vários investimentos efectuados na preservação do património cultural e religioso do concelho.
A conclusão das obras de restauro e conservação está previsto para o final do próximo mês de Maio.
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