Para os empresários de alojamentos, animação turística e restauração de Bragança a extracção a céu aberto colide com a promoção de turismo de natureza. António Sá tem um alojamento local em Lagomar e defende que a mina vai ser um entrave à promoção turística da região.
“O turismo de natureza vive de zonas com elevada qualidade ambiental e biodiversidade. Daí que qualquer projecto que possa pôr em causa esta integridade do território tem consequências negativas para estas actividades”, referiu.
A missiva de contestação foi enviada aos grupos parlamentares, municípios, Governo e seguiu também para o Turismo de Portugal, que reencaminhou para a Agência Portuguesa do Ambiente um parecer que alerta para as consequências penosas que a exploração mineira poderá ter para o sector.
Segundo Rui Loureiro, do movimento UIVO, de contestação à instalação da mina a escassos 5 km da fronteira com o Parque Natural de Montesinho, são muitas as preocupações ambientais.
“São indústrias pesadas e vai ter muito impacto não só ali à volta, como na própria fauna e terá um impacto brutal para o turismo de natureza. Outra situação que nos preocupa muito é o aspecto das águas”, disse o membro do movimento.
Segundo o Turismo de Portugal a actividade turística tem assumido um peso crescente no interior do país e tem havido um aumento da procura, tanto de origem nacional como internacional. Entre 2014-2018, em Bragança, o aumento do número de dormidas foi de 38,9%, ou seja, quase mais 37 mil e os proveitos das unidades hoteleiras cresceram 84%, 1,51 milhões de euros.
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