Foram recolhidos 7200 euros que foram usados para financiar a formação de tripulante de ambulância de socorro de 12 bombeiros. O valor acabou por superar as expectativas já que inicialmente se previa que pudessem financiar apenas 6 formações. Sónia Ferreira, bombeira e enfermeira, foi uma das pessoas que beneficiou do donativo ao fazer o curso e admite que sem esta ajuda não conseguiria tão cedo fazê-lo. "Em termos de valor sei que são caros (cursos) e em termos de disponibilidade foi-nos permitido que fosse em regime pós-laboral. Foi muito bom. Sou bombeira voluntária, estou nesta casa há seis anos, já muito tempo que queria fazer este curso e surgiu a possibilidade... fui uma das contempladas e gostei imenso".
Tiago Rodrigues explica que esta formação é importante para dar melhores ferramentas aos bombeiros no socorro. "Este curso é uma mais valia para a nossa formação, a nível profissional. Alguns de nós são voluntários, outros profissionais, mas, na nossa missão, quanto mais soubermos melhor podemos fazer. Como é óbvio, isto salva vidas. Este é o curso mais avançado, a nível de socorrismo técnico".
O comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança, Carlos Martins, explica que o apoio do aeroclube ao permitir realizar o curso com 12 vagas, nas próprias instalações, fez a corporação avançar seis anos nesta formação. "Este curso é o expoente máximo do que há em socorrismo nos corpos de bombeiros. São estes elementos que tripulam as ambulâncias de emergência pré-hospitalar e são eles que fazem face àquilo que são as emergências médicas, desde parto, queimaduras, partos, AVC's. Normalmente, temos duas vagas para formar dois bombeiros, por ano. Se considerarmos estas 12 vagas, quer dizer que avançámos seis anos na formação".
Este projecto dos voos solidários começou há quatro anos e os bombeiros são a terceira instituição apoiada. Este ano mais de 250 pessoas sobrevoaram a região em mais de 100 voos voaram com o Aero Clube. A iniciativa regressou depois de um ano de interregno devido à pandemia e com muita procura, explica Nuno Fernandes, presidente do Aero Clube de Bragança. "Têm tido muita afluência mesmo. Desde que passámos isto para a vertente turística acabou por vir gente de todos os pontos do país e até de fora dele, como de França".
Os voos solidários, que têm uma duração mínima de 15 minutos, vão continuar no próximo ano, apoiando as receitas angariadas outra instituição.
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