Para o Presidente do CAMir, Paulo Afonso, a implementação deste programa “será uma forma de apresentar esta modalidade de desporto adaptado à comunidade e contribuirá de forma muito positiva para a inclusão das pessoas com deficiência, não só desportivamente, como socialmente “. Para Paulo Afonso, “a oferta de desporto adaptado continua a ser demasiado escassa na nossa região, pelo que, assim que a FPX nos lançou o repto, quisemos agarrar a oportunidade de oferecer este desporto adaptado no nosso Concelho e na nossa região”.
O Xadrez Táctil permite que dois praticantes joguem sem a visualização do tabuleiro, sendo a mesma efetuada de forma totalmente mental. Tal como a linguagem braille, foram desenvolvidos tabuleiros tiflotécnicos que permitem aos deficientes visuais disputarem o jogo, reconhecer as peças e o tabuleiro, bem como a realização das jogadas, através do tato com as mãos. Este desporto adaptado está ao alcance tanto de jogadores mais experientes, como de principiantes, e tem demonstrado um impacto muito positivo no desenvolvimento cognitivo e nos processos de aprendizagem.
Paulo Afonso acredita que “este programa contribuirá certamente para a inclusão social e intergeracional do cidadão cego ou com baixa visão, ajudando no desenvolvimento cognitivo e espacial através do Xadrez.”
Desenvolvido pela FPX, o Programa Xadrez Táctil é divido em 4 fases - Divulgação da modalidade, Iniciação ao xadrez para cegos, Ensino de nível intermédio e Ensino de nível avançado – contando, ainda, com compromisso da FPX criar material didático de apoio, tais como livros de iniciação ao xadrez em braille, a criação de áudio livros e páginas de internet inclusivas para se jogar online com áudio em português.
Atualmente, o CAMir encontra-se a implementar as fases 1 e 2 do programa e dispõe de dois tabuleiros tiflotécnicos, disponibilizados pela FPX. “Nesta primeira fase, pretendemos divulgar a modalidade junta da comunidade e angariar jogadores, iniciantes ou mais experiente, para treinos específicos destinados a cidadãos cegos ou com baixa visão. Após a fase de aprendizagem e iniciação, pretendemos que estes jogadores se juntem aos grupos que temos atualmente a praticar xadrez e garantir uma convivência natural entre jogadores cegos e não cegos”, diz o Presidente do CAMir.
“Estamos a divulgar a modalidade junto dos nossos parceiros, como por exemplo a Câmara Municipal de Mirandela, e queremos alargar a nossa rede de parcerias para o nível distrital/regional, para que todos os cidadãos cegos ou com baixa visão possam encontrar em Mirandela um lugar para aprender uma nova modalidade e poderem praticar este desporto adaptado”, afirma Paulo Afonso.
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