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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Centro de Arte Contemporânea recebe exposição "Distopia" do galego Xosé Luís Otero

 Chama-se “Distopia” e é a mais recente exposição que figura no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança.


O nome reporta-se a uma época, lugar ou estado imaginário de opressão, de tristeza ou até mesmo de privação. É este passado, despovoado e carregado de memórias e de gente que já não está, que Xosé Luís Otero, o autor, artista galego, nos convida a percorrer.

“Trata-se de uma viagem à minha infância. O que aqui se passa é que, quando se viaja ao passado, as histórias e os sentimentos cruzam- -se. Misturam-se imagens, recordações e memórias da minha aldeia, de um menino que ia com as vacas, que ia lavrar, que pintava paisagens, com nove ou dez anos, que tirava fotografias, fazia vídeos”, contou o artista.

A exposição foi inaugurada no sábado e é composta por 14 instalações inéditas, sendo que, se falarmos em peças, o número é superior.

“O tempo não é linear. Vejo ciclos, a Primavera, o Verão, o Outono e o Inverno. Para mim não há presente. O presente vamos a ver e já passou. E o futuro não existe. O que há é o passado, um sítio abandonado, que acaba por ser a premonição do futuro e a imagem de que o homem vai acabar com tudo”, acrescentou.

Xosé Luís Otero chegou ao centro de arte pela vontade de figurar na lista de nomes de artistas que já aqui apresentou trabalhos.

“Uma artista que aqui expôs falou-me do espaço e pesquisei sobre ele. A programação é brutal, fiquei surpreendido e queria aqui também trazer o meu trabalho”, afirmou o artista.

Esta é também uma possibilidade de perceber como se conjuga a visão do mundo através de materiais que são de extrema importância para quem os transformou em arte. Uma obra muito matérica, diz Jorge da Costa, director do espaço e curador da exposição.

“A escala monumental das obras é também o reflexo do envolvimento do artista na própria obra. Percebe-se que tem que estar numa relação muito directa com a materialidade”, sublinhou.

A exposição pode ser visitada até ao dia 27 de Fevereiro, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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