A feição autêntica da velhíssima aldeia de Guadramil faz dela uma das nossas aldeias de Bragança favoritas. Encafuada no meio de dois montes, a aldeia corre ao longo da rua central ladeada pelas casas de xisto com varandas de madeira e telhados de ardósia que caracterizam a arquitetura popular transmontana da região. Singela, sem adornos e entregue ao tempo. As casas mal-amanhadas têm a porta cerrada há muitos anos. As restauradas fazem-nos imaginar quão bonita seria, quando cheia de vida. Hoje vivem ali menos que 30 almas.
Chegamos ao largo, trocam-se bons dias e é-se de imediato convidado a visitar os velhinhos lagar, moinho de água e forja da aldeia comunitária. Infelizmente, já não operam devido à desertificação da aldeia. Abeiramo-nos da ponte e perdemos o olhar na veiga viçosa, cruzada pelas águas cristalinas do Rio Guadramil e retalhada em parcelas cuidadas de pequenas hortas de subsistência.
Não saia de Guadramil sem subir até à altaneira Igreja, deambular pelas ruelas, apreciar o típico casario e, sobretudo, trocar dois dedos de conversa com os anciões habitantes. Com um bocadinho de jeito até lhe ensinam algumas palavras em Guadramilês, o falar dos antigos. Acima de tudo, respire fundo e sinta a enorme tranquilidade desta aldeia mágica do Parque Natural de Montesinho, onde o tempo parece ter parado e onde a tirania do relógio não vinga.
Dica VagaMundos: Guadramil é o ponto de partida do Trilho dos Cervídeos. Quiçá não se cruza com um ou outro membro da família selvagem que já se tornou visitante habitual da aldeia. Clique para mais informações sobre o Trilho dos Cervídeos.
A não perder numa visita a Guadramil
Igreja Matriz de Guadramil (São Vicente) | Lagar, Moinho e Forja comunitários | Rio Guadramil | Largo da Praça | Portas de Madeira Lavrada
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