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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

"Nun me Lhembra de Squecer." Jazz e mirandês unidos

 Para preservar a segunda língua oficial de Portugal e perpetuar as suas origens, a cantora Isabel Ventura decidiu unir o jazz ao mirandês.


"Nun me Lhembra de Squecer" é o título do novo álbum de Isabel Ventura, que será editado antes do final do ano.

Isabel Ventura conta que nasceu em Bragança e passou a infância numa aldeia chamada Campo de Víboras, onde se fala mirandês. "O mirandês para mim é muito familiar e como todos os verões vou à aldeia, há cerca de dois anos lembrei-me: porque não juntar o mirandês ao jazz. O difícil foi encontrar poesia profunda, eu só conheço os dois grandes embaixadores do mirandês: os Galandum Galundaina, que fazem um trabalho mais tradicional. Mas este tipo de trabalho merecia uma poesia diferente e encontrei o poeta e defensor da língua e da cultura mirandesa Amadeu Ferreira. Entrei em contacto com os filhos e com a família para adquirir os livros que ele escreveu."

A cantora conta que o maior desafio foi "inserir o mirandês no jazz. Eu retenho o vocabulário, fiz um curso de mirandês na Associação de Língua e Cultura Mirandesa, para aprender a gramática e a língua de forma estruturada. É muito complicado, não imaginei que fosse tão difícil".

Este último trabalho conta com Marco Figueiredo, no piano, composição e arranjos, João Paulo Rosado no contrabaixo e Filipe Monteiro, na bateria.

"A primeira pessoa a quem disse foi ao Marco Figueiredo, com quem trabalho há 15 anos e que está a musicar os poemas. Ele não conhecia a língua, mas apoiou-me e o disco está prestas a sair", conta Isabel Ventura.

"Nun me Lhembra de Squecer", é um álbum que "representa as minhas raízes, vai buscar as minhas memorias de criança, da infância, da adolescência e é uma junção única... existe o mirandês na musica tradicional, mas no jazz não e está a dar-me muito gozo fazer. Também tenho a responsabilidade de preservar esta língua, que e não for falada ou cantada vai perde-se".

No sábado, Isabel Ventura tem concerto marcado no Festival Auditório em Casa. "Vou levar os temas dos meus discos anteriores e três temas cantados em mirandês. Vou explicar a quem nos vai ouvir o que é o mirandês, é incrível como muitos em Portugal não sabem que esta é a segunda língua oficial portuguesa. Quero dar a conhecer e passar a palavra."

Rute Fonseca

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