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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Aveleda


“Sou d’Ableda e a burra tamém.” Esta bonita aldeia de Bragança é atravessada pelo rio Pepim, simbolizada por uma burra lendária e tem um Muro das Lamentações, o largo da Aveleda com boa vista, boa gente, boa conversa e boa gargalhada.

As poldras no Rio Pepim: ainda não foi desta que fomos à água!

Avé Leda! Diriam os Romanos ao verem este “lugar belo”. E na busca desses recantos mais belos da aldeia, apontam-nos o rio Pepim e onde atravessá-lo saltitando as poldras. Que na outra margem há o velho moinho de água, o açude e o Parque Nogueiras. Se o cenário já é bonito por natureza, tornou-se idílico com a chuva de flor de choupo flutuando suavemente no ar.


No regresso ao Muro das Lamentações, ficamos de muito bom grado a desfiar prosa que de lamentação teve pouco, mas muito de revelador. Começam as estórias do carvão que aqui se fazia e da ponte que não havia, que vai invariavelmente parar à lenda da Burra da Aveleda. Fala-se da pesca no rio quando se ia à rega. Antes das barragens, jogava-se o cesto à água, um “guelritxo” ou um rabudo, e era ver o escalo, o barbo, a truta ou a boga a rabear lá dentro.

Desfiando prosa no Muro das Lamentações!

Fascinados como crianças perante um contador de estórias, perdemos a noção do tempo. É que à nossa espera estava o Sr. Isidro Rodrigues, fazedor de máscaras de Caretos que se orgulha de ser dos poucos que usa os métodos antigos e tradicionais: sem máquinas de corte, sem rebites, sem polimentos.

“Folha de flandres é difícil, mas ainda se arranja!”

A mãe, a Dona Bernardete Pereira, é a detentora dos segredos do tecido, linha e agulha e a acarinhada costureira dos fatos dos Caretos da Aveleda que ainda dão vida às Festas dos Rapazes. Indica-nos com vaidade discreta a Igreja de São Cipriano e tem pena de não estar aberta para vermos o interior. Ainda assim, atravessamos a ponte e subimos o Calvário para a apreciar de fora.


Maldito relógio que nos privou de mais tempo de sorrisos a descoberto, de calor humano, duma ida à adega do Sr. Vara. Entende agora porque dizemos que as aldeias de Bragança e do Parque Natural do Montesinho nos roubam o coração?

A não perder numa visita à Aveleda
Igreja de São Cipriano | Fonte da Burra da Aveleda | Ponte da Aveleda | A Burra da Aveleda | Capela de São Sebastião | Fonte de Mergulho da Aveleda | Rio Pepim | Poldras do Rio | Muro das Lamentações | Parque Nogueira | Moinho | Forja | Fábrica-museu de máscaras e fatos dos Caretos da Aveleda | Cruzeiro da Aveleda |

Anabela e Alexandre

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