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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Visitar Aldeias de Bragança: conheça as aldeias mais bonitas do Parque Natural de Montesinho


RIO DE ONOR

Se há aldeia de Bragança de visita obrigatória, é Rio de Onor. Afinal de contas, Rio de Onor é uma das aldeias mais bonitas de Portugal, vencedora das 7 Maravilhas de Portugal – Aldeias, crédito que não deixa por mãos alheias. Passear pelas castiças ruas da aldeia admirando as “boniticas” casas típicas de xisto, as varandas floridas e as portas com os seus originais carabelhos, as fechaduras tradicionais desta região, será uma memória que guardará para sempre.


Fundida na paisagem estonteante, esta aldeia no coração do Parque Natural do Montesinho tem nas suas gentes o maior património. Rio de Onor é uma aldeia literalmente atravessada pela linha invisível da fronteira com a Espanha e pelo rio com o qual partilha o nome. E se há coisa que esta aldeia fronteiriça percebe é de partilha. Irmãs gémeas, Rio de Onor e Rihonor de Castilla são uma só terra, com meia centena de portugueses e espanhóis que mantém vivo o verdadeiro espírito de vida comunitária como se duma família se tratasse.


Verdade seja dita, são uma família grande. Que partilha faceiras (terras de cultivo) e lameiros, moinhos e fornos, rebanhos e manadas, trabalho e festa. Este espírito comunitário caracteriza muitas aldeias de Bragança e do Parque Natural do Montesinho, mas Rio de Onor sobressai.

Ti Mariano explicando, ao detalhe, as ranhuras da vara da justiça.

Já pouco se ouve do dialeto rionorês. Mas o Senhor Mariano ainda o fala, com voz de saudade, enquanto nos ensina o que era e para que servia a vara da justiça. Os entalhes representam a aldeia, o rio, as tarefas comunitárias de cada família e as multas sentenciadas pelo conselho da aldeia que seriam pagas em canadas de vinho por incumprimento. E funcionava? “Claro! Olhe que nunca aqui vi crime de sangue”, responde o Senhor Mariano, em tom honroso.

Dona Celeste Preto parte e reparte a massa para o boleamento.

“Quando Maio chegar, quem não arou tem de arar”. Neste dia soalheiro de maio, a Dona Celeste Preto já tinha sovado o pão, estrumava-se a terra da faceira para o plantio das cebolas (que tardam a chegar), burra e arado lavraram a terra novamente e houve, até, quem vestisse a camisa de xadrez domingueira para a fotografia.


Dica VagaMundos: a melhor forma de conhecer a aldeia, o rio Onor e desfrutar das paisagens circundantes é percorrendo o Trilho de Rio de Onor (PR11 BGC), um percurso pedestre circular com somente 7km, perfeito para percorrer em família.

A não perder numa visita a Rio de Onor?

Igreja Matriz de Rio de Onor ou de São João Batista | Ponte Velha sobre o rio Onor | Açude e Moinho de Água comunitário | Forno e Forja Comunitários | Casa do Touro (espaço museológico) | Antiga Escola Primária (miradouro) | Rihonor de Castilla (ESP).

Anabela e Alexandre

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