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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

O adeus à Linha do Tua

 A barragem de Foz Tua começou a ser construída em 2011 e prevê-se que esteja concluída em Setembro de 2016. Decidimos, pois, fazer a caminhada que há tanto tempo planeáramos, nomeadamente o troço da desativada Linha do Tua entre o quilómetro três e a estação de São Lourenço (quilómetro dezasseis), precisamente aquele que será submerso pela barragem.
Uma vez que os primeiros três quilómetros da linha foram cortados pelas obras da EDP e a passagem é proibida, partimos da aldeia do Fiolhal, da qual se desce por um caminho de terra batida em direção à centenária linha do comboio.



Chegados ao quilómetro três, o percurso acompanha sempre o Tua, perfeitamente encaixado num vale longo e estreito, que não nos cansámos de contemplar. De travessa em travessa de madeira, avançámos lentamente, ouvindo o ruído do rio a correr: umas vezes mais agitado contra as rochas graníticas, outras mais sereno, quase parado.



De uma maneira geral, a linha ferroviária está bem mantida, não havendo silvas nem vegetação a tapá-la, apenas flores e giestas que lhe dão colorido e a tornam mais bonita nesta altura do ano.


Passámos por túneis, pontes metálicas, apeadeiros e estações abandonadas, e, no quilómetro treze, pelo que resta do teleférico artesanal sobre o rio que fazia a ligação entre a localidade de Amieiro e a estação de Santa Luzia.



Nessa altura, já íamos bastante cansados, debaixo de um sol inclemente. Ganhei, porém, novo fôlego ao pensar nos homens que, no final do séc. XIX, começaram a abrir aquela passagem nas rochas escarpadas para o comboio poder circular entre Foz-Tua e Bragança.

Além disso, não havia volta a dar: tínhamos de seguir em frente, como em tudo na vida.


Guia prático para percorrer a Linha do Tua
Caraterização do percurso
Forma: linear
Partida: Povoação de Fiolhal
Chegada: Povoação de S. Lourenço
Dificuldade: baixa (o percurso é quase todo plano; a maior dificuldade é mesmo a sua grande extensão e a quantidade interminável de travessas)
Extensão: 15 km
Tempo médio: 6 horas



Recomendações
- Nos dias de sol, o vale do Tua é muito quente e praticamente não há sombras ao longo da linha. É, pois, aconselhável começar a caminhada de manhã cedo e usar quer chapéu quer protetor solar;
- Ao longo do trajeto, não há cafés nem qualquer local de abastecimento. Por esse motivo, é essencial levar água e mantimentos;
- Convém não ir demasiado carregado e levar apenas o estritamente necessário;
- Apesar de termos feito o trajeto desde o Fiolhal até S. Lourenço, este pode ser feito no sentido contrário. Há, no entanto, que estar preparado para uma subida bastante acentuada no final do percurso;




Onde dormimos
- Hotel Casa do Tua, mesmo em frente da estação de Foz-Tua.
Onde comemos
- Restaurante Calça Curta (mesmo ao lado do hotel): as doses são grandes, assim como os preços, mas nem sempre a qualidade lhes corresponde. Destaca-se o polvo, como petisco, que é delicioso, não ficando nada atrás do galego;
- Restaurante Beira Rio: continua a ser o nosso preferido em Foz-Tua.




Fizemos esta caminhada no dia 2 de Maio de 2015, mas já tínhamos estado no Tua. Lembram-se? Eis os nossos locais preferidos para comer e dormir, além de outras sugestões nas proximidades.

Sofia Cruz

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