Tudo indicava que o velório iria acontecer esta terça-feira, depois de terem sido informados pela agência funerária no domingo. No entanto, hoje, quinta-feira, a idosa continua no gabinete de medicina legal de Bragança, porque só seis dias depois de ir para a morgue é que foram pedidos testes de ADN à família, e sem resultados não pode ser entregue o corpo, contou uma das filhas Gilsa Pires.
“Foi reconhecido na agência funerária por uma fotografia facial da minha mãe. Não nos deixaram ver o corpo, porque dizem que agora já não é assim, tinha que ser reconhecida através da fotografia e foi assim que fizemos. Entretanto o meu irmão teve que fazer um teste de ADN, porque pelos vistos não servia a identificação que tínhamos feito. Foi feito o teste na terça, quase uma semana aqui há espera, e só agora é que decidiram fazer o teste de ADN”, explicou.
Quando souberam que o funeral iria acontecer na terça-feira, parte da família veio do estrangeiro, mas foram obrigados a ir embora porque não se sabe até quando a idosa vai continuar no gabinete de medicinal legal e forense de Bragança.
Gilsa Pires quer que a situação se resolva o mais rápido possível, mas não sabe quando serão conhecidos os resultados de ADN.
“Disseram-nos que os resultados podem sair num dia, como em dois meses ou três meses e não dá para aguentar mais. Já há uma semana que isto dura, o sofrimento é tanto que já não dá para aguentar mais”, referiu.
A família esteve durante o dia de ontem à porta da morgue, no hospital de Bragança, e recusaram-se a sair até que o corpo da idosa fosse entregue. No entanto, foi chamada a PSP e foram obrigados a abandonar o local. Hoje de amanhã voltaram para lá. A idosa morreu no passado dia nove, num incêndio na casa onde vivia. Passado oito dias o funeral ainda não foi feito.
A Rádio Brigantia contactou o Gabinete Médico-Legal e Forense de Bragança a pedir esclarecimentos, mas até agora não obteve qualquer justificação.
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