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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 27 de março de 2022

Termos relacionados com tecidos dos trajes tradicionais

 
Glossário de tecidos e outros

Albarrada – elemento decorativo de origem oriental, composto por vaso com flores.

Aletas – espécie de cabeção, existente na capa de honras, que desce até à cintura.

Barras – parte inferior do colete do traje das lavradeiras do Minho, que é geralmente de veludo bordado.

Bioca –  capa ampla, comprida e com capuz.

Branqueta – nome dado ao tecido confecionado com lã de cor natural; peça de vestuário  usada pelos sargaceiros do litoral minhoto.

Briche – nome dado ao tecido de lã fina, confecionado com la penteada.

Burel – nome dado ao tecido confecionado em lã. pisoado e usado no traje de trabalho.

Cachené – deturpação popular da palavra francesa «cache-nez», para designar um lenço de cabeça em tecido de la estampada.

Capeto – cobertura protetora do capuz que acompanha a saliência do pescoço e se prolonga até aos ombros.

Capucha – capa de burel que cobre a cabeça e o corpo, usada em Trás-os-Montes e Beira.

Carapinha – tira de malha executada com fio de la formando argola, usado na decoração dos barretes.

Catalão – carapuça de lã, oriunda de Espanha.

Cetim – ponto de tecelagem cujos ligamentos estão repartidos de maneira a dissimularem-se entre as lassas adjacentes, a fim de constituírem uma superfície unida de lassas.

Feltro – tecido fabricado com filamentos de lã ou pelos prensados e fortemente aglutinados.

Forro – larga barra, geralmente bordada, que guarnece a extremidade inferior das saias das lavradeiras do Minho.

Listrão – cordão de cores diversas usado à volta da cinta, para arregaçar as saias, oriundo de La Guardia e Baiona.

Louisine – ponto derivado do tafetá, em que os fios de teia, agrupados regular ou irregularmente, são remetidos cada um em sua malha, para se obter uma perfeita separação e paralelismo nos seus cruzamentos com a trama.

Moiré – efeito decorativo sobre um tecido, obtido por esmagamento a quente.

Ourelo – cordão de cores diversas usado à volta da cinta, para arregaçar as saias das poveiras.

Pala – nome dado à barra pregueada das saias do traje feminino da Madeira (viloa).

Palote – pequeno bastão usado pelos Pauliteiros de Miranda, na execução das suas danças.

Pequim – tecido de listras à teia, produzido por pontos diferentes.

Pestana – tiras cortadas em viés, pespontadas e terminadas em bico que decoram as camisas dos pescadores da Nazaré; são geralmente do mesmo tecido da camisa.

Pisão – máquina em que nas tecelagens se aperta e bate o pano, para o tornar mais consistente.

Precita – faixa usada à volta da cintura dos pescadores da Póvoa de Varzim.

Puxados – efeito decorativo produzido nos tecidos em que a trama é puxada por ganchos, formando pequenas argolas.

Raixa – possível deturpação de raxa – espécie de pano grosseiro sem pelo.

Redingote – palavra de origem inglesa («Riding-Coat») que se aplica a determinado tipo de corte

Riscado – tecido de algodão, ponto de tafetá, caracterizado por riscas de cor alternadas com riscas brancas.

Rodilha – argola confecionada em tecido e almofadada, usada sobre a cabeça para proteção e maior comodidade no transporte de volumes.

Saragoça – tecido de lã grossa confecionado em teares manuais.

Sarja – ponto de tecelagem caracterizado pelos efeitos oblíquos, obtidos pela deslocação de um fio de teia para a direita ou para a esquerda em cada passagem de trama.

Seriguilha – tecido de confeção manual, onde a teia é de linho e a trama de lã.

Silvas – elemento decorativo bordado, formando motivos vegetalistas, que decora o traje das lavradeiras do Minho.

Sueste – designação dada ao chapéu usado nas fainas piscatórias e na apanha do sargaço. Caracterizava-se pela impermeabilização do tecido por meio de óleo.

Tafetá – designação dos tecidos em cujo ponto a repetição se limita a dois fios e a duas passagens; e no qual os fios pares e impares alternam em cada passagem por cima e por baixo da trama.

Tecido pisoado – tecido com acabamento no pisão.

Trincha – tira pregueada com cerca de quinze centímetros de altura, cosida à parte superior da saia do traje da lavradeira do Minho.

Vega – nome atribuído à lã de ovelha de cor castanha-clara.

Veludo – tecido cuja superfície é coberta de anelado ou felpa, saindo de um cruzamento de fundo.

MCG; MG

Fonte: “Trajes Míticos da Cultura Regional Portuguesa” – Museu Nacional do Traje – Lisboa Capital Europeia da Cultura 94

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