O leme deste projeto está nas mãos da Associação para a Regeneração, Desenvolvimento e Governança das Economias Locais (iLocal-Inteligência Local), constituída por jovens locais e de fora, que vão delinear uma estratégia para transformar a aldeia onde moram cerca de 130 pessoas num espaço autossustentável em termos energéticos, produzindo energia solar e biogás.
"A ideia é criar uma rede colaborativa, interativa e participativa para dar voz aos que lá vivem e promover o desenvolvimento da aldeia em termos sociais, económicos e ambientais", explicou ao JN Filipe Jeremias, um dos mentores do projeto "RegenEra Aldeia 2030 - Smart Village".
A Associação promete ajudar os habitantes da localidade na construção das suas próprias soluções de acordo com as necessidades, desafios, sonhos e oportunidades que vierem a ser identificadas. "Queremos dotar a aldeia de infraestruturas digitais de modo a ter uma boa rede de acesso à Internet de alta velocidade, para que se possam atrair nómadas digitais ou pessoas do litoral", acrescentou.
Em cima da mesa está a intenção de recuperar a antiga escola primária, encerrada e desativada, para criar modelos alternativos de educação.
Até ao final do ano serão instalados três laboratórios, nomeadamente o da energia, o do turismo e o da experimentação social - mais vocacionado para a cultura e a arte, que pode vir a organizar um festival de cinema e um festival gastronómico. "Vamos criar uma marca e desenvolver o marketing territorial da aldeia. Vamos escutar os residentes para saber o que se faz bem na localidade e na região", acrescentou Filipe Jeremias, indicando que já avançaram com candidaturas a fundos europeus para executar os projetos e contam com a colaboração da Câmara e de entidades privadas.
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