Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de março de 2022

UM VOO DE ASAS FÉRREAS

Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")

Em ruas misteriosas abrem-se olhos pintados de medo. 
Os pensamentos voam e entrelaçam-se em sonhos azuis e profundos. Repousam nos parapeitos das janelas e escondem-se.
As aves da noite, abrem as asas de ferro, e lutam contra devaneios mentais em círculos de rotas difusas. 
Num café adoçado com pérolas de chumbo, agitam-se mãos. Remexem-se e revoltam-se sacudindo as cinzas da alma.
Na imensidão da noite movimentam-se sombras desconhecidas sucumbindo ao peso da solidão.
Trago um veleiro no corpo que fica imóvel e encalhado na baía da vida.
Numa tentativa de fuga partem-se âncoras e vidros. Agitam-se braços, procurando a paz no vazio dos caixilhos.
Ao repicar dos sinos, na hora do recolher, viro as costas e afundo-me nos montes do silêncio.
O fogo crepita-me entre os dentes. Tremo.

Maria da Conceição Marques
, natural e residente em Bragança.
Desde cedo comecei a escrever, mas o lugar de esposa e mãe ocupou a minha vida.
Os meus manuscritos ao longo de muitos anos, foram-se perdendo no tempo, entre várias circunstâncias da vida e algumas mudanças de habitação.

Sem comentários:

Enviar um comentário