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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de março de 2022

Provérbios e ditados populares sobre medicina caseira

 
Provérbios sobre medicina caseira

Uma listagem, muito interessante, de provérbios e ditados populares sobre a “medicina caseira”, e que foram passando de geração em geração, até aos nossos dias:

» Quem come a correr, do estômago vem a sofrer.

» Ao comer, nem um sobrescrito ler.

» Depois de comer, nem uma letra ler.

» Quem em Maio não merenda à morte se encomenda.

» Depois de jantar e depois de cear, passear.

» Quem ceia e logo se vai deitar má noite há-de passar.

» A ceia quer-se sem sal, sem luz e sem moscas.

» Quem bem ceia bem dorme.

» Ceia pouco: dormirás como um louco.

» Lombrigas e largas ceias têm as sepulturas cheias.

» Ao que demais come abre-lhe o garfo a cova.

» Se és velho e comilão, prepara o teu caixão

» Mais mata a gula que a espada.

» Quem come pouco aproveita muito.

» Come como são e bebe como doente.

» Conforme comemos, assim vivemos.

» Come bem e folga: terás vida longa.

» Não comas cru nem andes com o pé nu.

» Não comas quente: não perderás o dente.

» O peixe deve nadar três vezes: na água, no molho e no vinho.

» Peixe de Maio a quem o pedir dai-o.

» Pão tremês nem o comas nem o dês.

» Sável em Maio: maleitas todo o ano.

» Pão quente e vinho novo: homem morto.

» Sardinha em Abril: vê-la e deixá-la ir.

» Pão quente: muito na mão e pouco no ventre.

» Em Agosto, nem sardinhas nem mosto.

» Por S. Silvestre, bacalhau é peste.» Pão quente: nem a são nem a doente.

» Pão de ontem, carne de hoje e vinho do outro Verão fazem o homem são.

Sugestão: Provérbios relacionados com o vinho | Trás-os-Montes e Alto Douro

Outros provérbios sobre “medicina caseira”

» Comer até enfermar: jejuar até sarar.

» Come caldo, vive no alto, anda quente e viverás longamente.

» Quem com águas se cura pouco dura.

» Água fervida prolonga a vida.

» Onde sobeja a água, falta a saúde.

» Água gelada e pão quente fazem mal ao ventre.

» No Verão, torneira; no Inverno, padeira.

» Com caracóis e figos lampos, não bebas água.

» Malvas e água fria fazem um boticário num dia.

» A quem Deus quer dar a vida, água da fonte é mezinha.

» Não comas caldo de nabos nem o dês aos teus criados.

» Vinho turvo, figos verdes e pão quente são inimigos da gente.

» Um dia frio e outro quente põem o homem doente.

» Vinho verde em Janeiro é mortalha no telheiro.

» Vinho com melancia traz azia.

» Casa onde não entra o sol entra o médico.

» Vinho com melancia dá pneumonia. e bom cavalo.

» Se tens casa húmida, abre conta na botica.

» Tabaco e aguardente transformam o são em doente.

» Noite perdida nunca é restituída.

» Alho e limão são meio cirurgião.

» Laranja, antes do Natal, livra de catarral.

» Se queres teu homem morto, dá-lhe pepinos (ou couves) em Agosto.

» Mais vale romper sapatos que lençóis.

» Contra os maus humores, grandes suores.

» O braço quer peito, a perna leito.

» Quem sofre de coração não tome banho suão.

» Livra-te dos ares, que eu te livrarei dos males.

» Mordedura de cão cura-se com o pêlo do mesmo cão.

Ainda mais ditados populares sobre “medicina caseira”

» Leitão e ovos, dos velhos fazem novos.

» Vai-se o mal, comendo ovos sem sal.

» Quem bem urina dispensa medicina.

» Fora de horas urinar, sinal de enfermar.

» Vida regrada, vida prolongada.

» Vida desregrada, velhice pesada.

» Comidas apimentadas: borbulhas às carradas.

» A doença e a dor conhecem-se pela cor.

» Doença bem tratada é pouco prolongada.

» Quem bem se cura muito dura.

» Quem bem se cura não se regala.

» O que arde cura.

» Para grandes males grandes remédios.

» Mais cura a dieta que a lanceta.

» Mal que não tem cura é a velhice e a loucura.

» Pior é ter mau médico do que estar enfermo.

» A doença é o celeiro do médico.

» Deus é que cura e os médicos é que recebem o dinheiro.

» Quem tem doença abra a bolsa e tenha paciência.

» Quem quiser morrer de velho siga este conselho: casar tarde, enviuvar cedo, fugir do salgado e do azedo.

» Cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

» Feridas de ternura quem as faz também as cura.

» Quando o mal é de morte, o remédio é morrer.

» Mel, se o achaste, come o que baste.

» Dores, com pão, depressa se vão.

» Come pão, bebe água e viverás sem mágoa.

» Debaixo da nogueira, não faças cabeceira.

» Come queijo de ovelha, manteiga de vaca e leite de cabra.

» Para ter saúde, pouca cama, pouco prato e muito sapato.

Fonte: “Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro” – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999 | Imagem de Peter H

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