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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 29 de março de 2022

VINHAIS TEM UMA CAMPEÃ DO MUNDO DE TIRO AO PRATO

 Chama-se Cidália Fernandes, tem 32 anos, e em Setembro de 2021 sagrou-se campeã do mundo de tiro ao prato. A vinhaense quer servir de motivação para ajudar a aumentar o número de mulheres na modalidade.


Vinhais tem uma campeã do mundo de tiro ao prato e em Setembro de 2021 levou a bandeira de Portugal ao lugar mais alto do pódio no VI Campeonato do Mundo de Tiro ao Prato, em Granada, Espanha, na modalidade TRAP 5.

Cidália Fernandes tem 32 anos, é natural da aldeia de Vila Verde e é relações públicas numa empresa em Montalegre. Sagrou-se campeã do mundo e é já uma referência no feminino na modalidade, um motivo de orgulho para os vinhaenses. O título conquistado valeu-lhe uma homenagem por parte do Município de Vinhais. Um gesto que sensibilizou a atiradora. “Fiquei muito satisfeita. Foi na Feira da Castanha, em 2021, onde fizeram uma montaria ao javali, em que fui nomeada directora de montaria, que fui homenageada pelo município”, lembrou.

Mas quando nasceu o gosto pelo tiro ao prato? Temos de recuar até à infância. Primeiro veio a admiração pela caça e o responsável foi o avô, Guilhermino Gonçalves. “Pela caça é um gosto que vem de criança e foi o meu avô que me incutiu o gosto. O meu avô era caçador e em criança admirava muito a caça. Entretanto conheci o meu marido, ele levou-me a experimentar o tiro ao prato em Chaves e dos regionais ao mundial foi rápido”.

Foi em 2019 que Cidália Fernandes fez as primeiras pranchadas e partir daí foi um “tirinho” para se tornar campeã do mundo. “Em 2019 fui apenas experimentar. Assim mais a sério foi em 2020 e fiz o campeonato nacional todo. O ano passado consegui qualificar-me para o Campeonato do Mundo e fui campeã do mundo ao serviço da selecção nacional em Tiro Desportivo TRAP 5”.

O primeiro lugar no pódio deu direito a ouvir o hino nacional e esse é um momento que Cidália Fernandes jamais vai esquecer. “Foi uma sensação indiscritível. Levar a bandeira de Portugal ao pódio é algo difícil de descrever por palavras. É um sentimento muito especial”, confessou.

Vencer o mundial não era o objectivo da vinhaense, pois era a estreia na prova internacional e não levou consigo o marido, Nuno Peseta, que habitualmente a acompanha nas provas, nem o treinador, Paulo Moreira. No entanto, a atiradora lembra que teve o apoio total de toda a equipa da selecção nacional. “Não me passava pela cabeça vencer o mundial. Confesso que não tinha grandes expectativas. Eu tinha o objectivo de partir o maior número de pratos possível. O facto é que as provas foram dois dias, no final do primeiro não quis saber os resultados e só no último dia é que soube. Estava no final da última pranchada e quando parti o último prato ouvi festejos, uma festa enorme atrás de mim. Eram os meus colegas de equipa a festejar porque eu tinha ganho o Mundial”, recordou.

O título mundial fica bem guardado na memória e na galeria de troféus de Cidália Fernandes, que quer servir de inspiração a outras mulheres. A atiradora acredita que o título conquistado pode ajudar a aumentar o número de praticantes de tiro ao prato no feminino. “Infelizmente ainda é uma modalidade dominada pelos homens, mas, actualmente, já se começa a ver muitas senhoras a praticar tiro ao prato. Em Vinhais sou a única mulher que pratica a modalidade, mas na caça já há muitas senhoras. Ultimamente tem havido muitas admissões à federação e sei que há muitas jovens ainda juniores que passaram nos testes e que vão começar a praticar tiro ao prato”.

A verdade é que o tiro ao prato não está ao alcance de todos os bolsos. Cidália Fernandes admite que é um desporto “dispendioso”, pois implica investimento em “cartuchos, inscrições, arma e equipamento”.

E qual é o segredo para ser uma boa atiradora? “É fundamental ter pontaria, mas, principalmente, estar bem psicologicamente. Temos de estar concentrados e, claro, ter uma boa arma”.

Em Vinhais não há campo de tiro e é em Chaves que Cidália Fernandes treina e pratica a modalidade, representa o Clube Desportivo de Chaves.

A vinhaense já está em competição no Inter Clubes e vai participar nas contagens do Regional Norte. No próximo mês de Maio, Cidália Fernandes tem pela frente o Campeonato Nacional que lhe pode dar acesso ao Campeonato da Europa de Tiro ao Prato, marcado para Julho deste ano, em Espanha.

Jornalista: Susana Madureira

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