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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Projeto "LIFE Aegypius return" quer duplicar casais reprodutores de abutre-preto em Portugal em seis anos

 O projeto "LIFE Aegypius return - consolidação e expansão da população de abutre-preto em Portugal e no oeste de Espanha" pretende, num prazo de seis anos, duplicar a população reprodutora em Portugal desta espécie atualmente em risco de extinção. Assim, um dos principais objetivos do projeto é que essa população passe dos atuais 40 casais reprodutores, para 80, bem como aumentar as colónias de quatro para cinco, entre 2022-2027. Tem um custo de mais de 3,6 milhões de euros, sendo financiado em 75% pelo Programa LIFE da União Europeia.

Fotografia Palombar/DR.

O projeto quer melhorar de forma sustentável o estado de conservação do abutre-preto em Portugal, através da consolidação da sua recolonização e sucesso reprodutor, da melhoria do seu habitat e da disponibilidade alimentar, bem como da minimização de ameaças.

As ações do projeto, que serão desenvolvidas em dez áreas da Rede Natura 2000, sete das quais em Portugal e três em Espanha, decorrerão na zona fronteiriça, nomeadamente nas Zonas de Proteção Especial (ZPE) Douro Internacional e Vale do Águeda; Rios Sabor e Maçãs; Vale do Côa; Serra da Malcata; Tejo Internacional, Erges e Pônsul; Mourão, Moura, Barrancos; Vale do Guadiana; Campo de Azana; Sierra de Gata y Vale de Pilas e Canchos de Ramiro y Ladronera.

O LIFE Aegypius return é desenvolvido por um consórcio que integra as seguintes entidades: Vulture Conservation Foundation (organização coordenadora do projeto), Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural, Herdade da Contenda, Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, Liga para a Proteção da Natureza, Associação Transumância e Natureza, Fundación Naturaleza y Hombre, Guarda Nacional Republicana e Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade.

A sessão pública de lançamento do projeto decorreu no dia 4 de novembro de 2022, em Freixo de Espada à Cinta, tendo contado com dezenas de participantes e com a intervenção dos representantes das entidades parceiras do projeto, bem como do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária. Adicionalmente, também participaram empresários locais, das áreas do turismo, agricultura, setor cinegético, centros de recuperação, organizações de ambiente e academia.

O abutre-preto (Aegypius monachus) extinguiu-se como nidificante em Portugal no início da década de 70. No entanto, a espécie manteve-se presente na faixa fronteiriça das regiões centro e sul, com indivíduos provenientes de Espanha. Só em 2010 o abutre-preto voltou a nidificar em Portugal, no Parque Natural do Tejo Internacional. Em 2012, registou-se o primeiro casal nidificante no Parque Natural do Douro Internacional e, em 2019, o segundo. Esta espécie só tem uma cria por época de reprodução, o que a torna ainda mais vulnerável no que se refere ao seu sucesso reprodutor. Por ter uma população extremamente reduzida, o abutre-preto está classificado como “Criticamente em Perigo” no território nacional, segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

O projeto “LIFE Aegypius return” é cofinanciado pela Viridia – Conservation in Action e pela MAVA – Foundation pour la Nature.

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