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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

ONDE SE FALA DE IMIGRANTES E INCÊNDIOS

Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")


 Estando a ver canal de televisão – não me recordo quando, nem qual, – apenas sei, que foi há muitas anos, – escutei o seguinte:
Jornalista fora passar ferias ao campo, era em Trás-os-Montes, e deparou com rapazinho a pastorear seu rebanho.
Como era menino, indignou-se, por ser tão jovem, e estar a trabalhar.
Investigou de quem era filho, e resolveu ir inquerir o pai. Este ficou surpreso, e repostou – o filho andava na escola, mas gostava de permanecer na serra, guardando o rebanho paterno.
Acrescentou, que não lhe faltava nada, pois sua casa era farta.
O jornalista foi para a Capital, indignado; e, perante as câmaras, insurgiu-se por haver, no seu país, crianças que trabalhavam. Talvez com apoio de telespectador, levou, o garoto, à Capital, para ver um jogo de futebol.
Agora, na época dos incêndios, todos se lamentam de não haver cabras e rebanhos, para " limparem", os terrenos...
Recentemente escutei comentador, declarar: " Paguem cinco mil euros e não faltará quem queira ser pastor ". Até doutores – digo eu, – se ofereceriam para essa humilde tarefa...
Quando vivia nos arredores da minha cidade, tive que reformar a casa. Apareceu homem com aprendiz. O rapaz falava inglês e arranhava alemão, mas não sabia fazer massa.!... Tenho prima, que vive em Cascais, que tem, com empregada doméstica, economista; e tinha amiga, que possuía uma formada em Letras! Pensei que com a entrada maciça de imigrantes, vinham profissionais: canalizadores, eletricistas, carpinteiros... mas não se encontram facilmente...
Conheço vinicultora do Douro, que teve de contratar africanos, para colher as uvas, já que os jovens da terra, emigraram ou foram viver para a cidade.
 Quase ninguém quer trabalhar na terra, é por isso, que há tantos incêndios. O interior está mosqueado de lindas moradias, mas os proprietários, só vão lá para veranear. Nem eles, nem os descendentes, querem trabalhar na agricultura. Há exceções, mas são raríssimas
Com tal pensar, o país não pode progredir, sem os imigrantes...


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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