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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

História do Nazo

Local: Duas Igrejas, MIRANDA DO DOURO, BRAGANÇA

O Nazo é um alto [...].  'Tá muito ao pé duma aldeia chamada Especiosa e outra chamada Póvoa.  A ermida está mais ao pé da Especiosa, mas não era na Especiosa que isto aconteceu.  Era na Póvoa que diziam qu'havia um casal que não se davam muito bem e atão sofriam.  E a mulher, sem dizer nada ao home, prometeu fazer uma ermida a Nossa Senhora se a vida deles 'tivesse em paz, não  é?  Se mudasse.
E a vida mudou completamente.  Depois viviam até bem, com tanta harmonia que a mulher tremia de dizer ao marido o que tinha passado.  A promessa que tinha feito.  Porque a promessa era muito grande e ela tinha medo que ele não quisesse dispender aquela soma.  Porqu'a promessa era grande.  Era fazer um templo a Nossa Senhora.
Bem, começou a mulhé a andá triste, triste, triste, triste, e o marido começou a andar muito aflito, a perguntar o que tinha.  E ela queria dizer, mas tinha medo qu'houvesse os mesmos aborrecimentos dantes, e não dizia.  Até que depois lá disse o que era.
E então ele disse-le:
--Não, senhor, então vou-m'eu chatear por isso?  Vamos já.  Mãos à obra.
Começaram então logo a arrancar pedra, a canteria, para fazer a ermida.  Mas deu-se o mesmo caso qu'o tal rapaz qu'eu disse que se tinha morto.  Carregaram um carro de pedra e os bois nem andavam nem pr'um lado nem prò outro.  Um deles lá teve a ideia de deixá-los.  
--Olha, deixamos-os.  Onde eles pararem, ali fazemos a ermida.
E então os bois lá foram prò alto do Nazo.  E ali o carro automaticamente descarregou-se ele só.  A pedra descarregou ela só.  E ali fizeram a ermida do Nazo.
E depois havia ali um lago, uma lagoa muito grande, e um freixo também.  Naquela lagoa, diziam os antigos qu'uns certos anos, muitos, muitos anos que nunca ninguém foi capaz de apanhar arrãs por um grande período de tempo.  E o freixo era tamém muito alto, que não havia freixo tão alto no concelho.  Mas agora já ardeu, e já a lagoa se secou.

Fonte:FONTES, Manuel da Costa Portuguese Folktales in North America: Canada n/a, sem editora, s/d , p.7A199:93

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