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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Câmara Municipal de Bragança / Centro Cultural Municipal de Bragança

Portugal, Bragança, Bragança, Sé
Arquitetura político-administrativa, oitocentista. Câmara municipal de planta rectangular com fachadas evoluindo em dois pisos, de cunhais apilastrados, terminadas em friso, cornija e platibanda plena, e rasgadas regularmente por vãos abatidos, com molduras percorridas por filete e com recorte lateral. 
A fachada principal tem três panos, o central mais estreito, rematado em frontão triangular, com as armas do município no tímpano, e rasgado por vãos em arco de volta perfeita, correspondendo a portais no térreo e a janelas de sacada comum no andar nobre. 
Os panos laterais são simétricos, abertos por janelas de peitoril no primeiro piso e de varandim no segundo, tendo a fachada lateral esquerda o mesmo esquema de fenestração; a fachada posterior é muito mais simples e depurada. No interior, destaca-se o vestíbulo, com tecto de estuques relevados, a partir do qual se desenvolve escada para o andar nobre, coberta por claraboia oval, envolvida por decoração em estuques relevados.
Número IPA Antigo: PT010402450403
Categoria
Monumento
Descrição
Planta rectangular, de massa simples e coberturas homogéneas em telhados de quatro águas, rematadas em beirada simples, integrando clarabóia envidraçada central. Fachadas de dois pisos, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, terminadas em friso, ritmado por argolas de ferro, e cornija, sobreposta por platibanda plena, com pilastras colossais nos cunhais, coroadas por vasos; são rasgadas regularmente por vãos de verga abatida, de molduras percorridas por pequeno filete e com recorte lateral, e com caixilharia de duas folhas e bandeira. 
Fachada principal virada a S. de três panos, definidos por pilastras, o central mais estreito, e terminado em frontão triangular com brasão municipal no tímpano; é rasgado por dois eixos de vãos, correspondendo no piso térreo a dois portais, em arco de volta perfeita, com chave relevada, e bandeira gradeada, e no segundo a duas janelas de sacada, igualmente em arco de volta perfeita e com guarda em ferro. 
Nos panos laterais rasgam-se, de cada lado, três eixos de vãos, correspondendo a janelas de peitoril no piso térreo e a janelas de varandim com guarda em ferro forjado no segundo piso. Fachada lateral esquerda com os pisos separados por friso e rasgada por cinco eixos de vãos, correspondendo a janelas de peitoril no primeiro piso e a de varandim no segundo. 
A fachada posterior é rasgada por janelas de peitoril de moldura simples em ambos os pisos, sendo as do piso térreo rasgadas a ritmo mais irregular, sem bandeira e abrindo-se ainda três portais. INTERIOR com vestíbulo rectangular central, com tecto de estuque, formando pequena quadrícula de motivos quadrifoliados relevados. À esquerda comunica com a antecâmara do auditório Paulo Quintela, onde está patente a toponímica da cidade, e à direita com a secretaria; neste piso existem ainda salas de apoio a actividades culturais e instalações sanitárias. Frontalmente desenvolve-se escada de acesso ao andar nobre, de três lances, o primeiro comum, e com guarda em madeira; no patamar intermédio e no final possui cadeiral de espaldar recortado e rematado em concheado, o primeiro encimado por amplo quadro, com as armas do município, de moldura ornada com concheados. 
A caixa das escadas possui cobertura plana integrando ao centro claraboia oval envidraçada, com tambor decorado por estuques relevados, com elementos fitomórficos e anjos inseridos em cartelas circulares. No segundo piso organizam-se salas amplas, uma com pavimento cerâmico e mesa com cadeiras de espaldar gravado com as armas municipais, e outra revestida a corticite. Sensivelmente a meio, do lado direito, desenvolve-se escada para o sótão.
Acessos
Rua Abílio Beça, nº 75-77, Rua Marquês de Pombal
Protecção
Inexistente
Grau
3 – imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.
Enquadramento
Urbano, adossado, disposto de gaveto num dos quarteirões do centro histórico, possuindo a fachada principal virada a um dos arruamentos que, desenvolvido a partir da Praça do Colégio, conduz ao Largo da Igreja de São Vicente (v. PT010402420086) e depois até ao Castelo (v. PT010402420003). Junto à fachada posterior possui pequeno pátio vedado. Nas imediações ergue-se a Igreja e Hospital da Misericórdia (v. PT010402420052) e, na mesma rua, o Solar Sá Vargas ou Centro de Arte Contemporânea de Bragança (v. PT010402450049), o Paço Episcopal de Bragança / Museu do Abade de Baçal (v. PT010402420022) e outros edifícios de interesse arquitectónico.
Descrição Complementar
O brasão do tímpano tem escudo peninsular [de vermelho], com um castelo de ouro, aberto e iluminado [de azul], tendo a torre central, carregadas pelas quinas antigas de Portugal; em chefe, surgem cinco estrelas de ouro em faixas; coroa mural de prata de cinco torres (equivalente a cidade); envolve-o colar de Torre e Espada. No vestíbulo existem duas lápides em mármore, com inscrições; numa reza: "EVOCAÇÃO DA VISITA DE SUA EXA. / O PRESIDENTE DA REPÚBLICA / DR. JORGE SAMPAIO / BRAGANÇA 22 DE OUTUBRO DE 1999"; na outra "NESTE EDIFÍCIO FUNCIONOU / A PRESIDENCIA DA REPÚBLICA / DE 15 A 26 DE FEVEREIRO DE 1987 / SENDO PRESIDENTE O DR. MÁRIO SOARES".
Utilização Inicial
Político-administrativa: câmara municipal
Utilização Actual
Político-administrativa: assembleia municipal
Propriedade
Pública: municipal
Afectação
Sem afetação
Época Construção
Séc. 20
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
1793 - Manuel Jorge Gomes de Sepúlveda compra a D. Mariana Josefa Joaquina de Ataíde Vasconcelos, viúva de Francisco Inácio Borges Rebelo "huas cazas nobres sitas na rua do Espírito Santo desta cidade, por baixo da Santa Igreja da Mezireicordia"; 1910 - obras de preparação do edifício para receber o rei D. Manuel II durante a visita à cidade de Bragança, a qual acabou por não se concretizar; 1937, 1 março - em sessão da Câmara delibera-se adquirir o palacete de Nuno da Cunha Pimentel, e que havia sido do Visconde de Ervedosa, filho do Tenente General Gomes de Sepúlveda, para instalação dos paços do concelho e de outras repartições públicas, deliberando-se também que o pagamento da primeira prestação e as imprescindíveis obras de adaptação e reparação fossem custeadas com o produto ainda intacto destinado à construção do mercado municipal; posteriormente procedeu-se à compra do palacete e procedeu-se à sua alteração ou construção do atual no mesmo local; 1982 - data até à qual aqui esteve instalada a sede do município; posteriormente recebeu obras de adaptação para instalação do Centro Cultural; 1987, 15 a 26 fevereiro - aqui esteve instalado a Presidência da República, sendo presidente o Dr. Mário Soares.
Características Particulares
Segue a tipologia dos edifícios oitocentistas, desconhecendo-se, no entanto, se aproveitou a estrutura do palacete existente no local ou se foi construído de raiz, na década de 1940. Na fachada principal destaca-se o pano central, pelo remate alteado e distinto e pela diferente modinatura dos vãos. Referência a algum do mobiliário interior, em revivalismo neobarroco e com as armas do município nos espaldares das cadeiras.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Estrutura rebocada e pintada; embasamento, pilastras, frisos, cornijas, platibanda e molduras dos vãos em cantaria de granito; guardas em ferro forjado; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; algerozes metálicos; pavimentos de lajes, de corticite e cerâmicos; revestimentos a corticite; tectos de estuque decorativo, simples ou de madeira; cobertura de telha e clarabóia metálica envidraçada.
Bibliografia
BERENGUEL, Alda, FREIXO, Fernando, RODRIGUES, Luís Alexandre, Presidentes da Câmara de Bragança. Da República aos nossos dias, Bragança, Câmara Municipal de Bragança, 2004; FERNANDES, José Augusto de Pêra, O Sumo das Pedras de Bragança, Bragança, Freguesia de Santa Maria de Bragança, 2008; JÚNIOR, Francisco Felgueiras, Roteiro e Escorço Histórico da Cidade de Bragança, Bragança, Amigos de Bragança, 1964; LOPES, Roger Teixeira, Heráldica do Concelho de Bragança, Viseu, João Azevedo e Terra Transmontana, 1996; RODRIGUES, Luís Alexandre, Bragança no século XVIII. Urbanismo. Arquitectura, Bragança, Junta de Freguesia da Sé, 1997.
Documentação Gráfica
Documentação Fotográfica
IHRU: SIPA
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
Proprietário: 1982, depois - obras de recuperação e adaptação a Centro Cultural.
Observações
Autor e Data
Paula Noé 2012

in:monumentos.pt

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