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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Confraria dos Vinhos Transmontanos

A Confraria dos Vinhos Transmontanos nasceu em Valpaços no ano 2009 e tem por divisa: «honor et gloria transmontano vino». 
Mas, esta nova confraria não se confina à divisa de honra e glória ao vinho transmontano. Segundo o seu Grão-Mestre, Telmo Moreira, a Confraria «tem por objecto principal a promoção, divulgação e valorização dos vinhos e da viticultura de Trás-os-Montes, os seus valores humanos e culturais». É o que se chama uma confraria com preocupações humanistas, das «tradições e origens», além da promoção dos vinhos e das vinhas trasmontanas. Foi a promoção do romance, «O Resgate dos Justos da Terra», de Henrique Pedro, que nos chamou a atenção para este vector cultural da Confraria. Quando outros podiam e deviam ter apostado na promoção dos nossos valores artísticos e culturais, não o fizeram e agora, com este exemplo, confrarias mais antigas irão a reboque. 
Porque nada é estanque na defesa da nossa região e do que ela tem de melhor e nos orgulha. E os bons livros, as boas telas, ou até o bom artesanato ou outros nichos tradicionais ou artísticos orgulham-nos. 
Por isso, registo com agrado este seu trabalho louvável. Apenas sugiro que ao encostarem a barriga à mesa não se esqueçam dos nossos pratos tradicionais e genuínos, bem como os nossos produtos transmontanos. O azeite trasmontano como entrada é bem melhor e mais saudável que a vulgar manteiga e pastas. Não há melhor carne em Portugal do que a «vitela barrosã». 
Não há melhor enchido de carne do que as linguiças ou os salpicões de Vinhais. Podíamos passar à couve penca de Mirandela, a castanha divinal da Terra Fria e Serra da Padrela e de vinhos também devem conhecer a extensa gama. De tintos de caneca nunca bebi melhor do que um de Santa Valha que apreciei no restaurante Cubata (em vida do seu primeiro dono, o Firmino) em Chaves e posso afirmar que nos últimos anos o vinho branco «Grambeira», de Carrazeda de Ansiães, é o mais medalhado e dos melhores. 
Em carteira, a Confraria, projecta mais capítulos pelo país e pelos quatro cantos da diáspora. Assim, sinto-me orgulhoso desta Confraria báquica não se confinar às vaidades e apostar na promoção dos valores culturais transmontanos. Para se saber mais sobre esta confraria sugere-se a visita ao seu site: www.confrariadosvinhostransmontanos.pt.

Jorge Lage
in:jornal.netbila.net

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