Um pouco por todo o distrito, os espaços têm-se debatido com a falta de visitantes mas parece que a situação começa a alterar-se. O Museu do Abade de Baçal, em Bragança, recebeu apenas 53 visitantes na segunda metade de Maio, depois de abrir, e 200 em Junho. Estes eram meses em que a média rondava os 1700. Apesar de tudo, segundo o director do museu, o mês de Julho mostrou que o cenário está a começar a mudar.
“Nota-se uma enorme diferença relativamente aquilo que são os dados de 2019. No entanto, é muito interessante verificarmos que o mês de Julho trouxe-nos já uma recuperação significativa”.
Amândio Felicio garante ainda que toda a gente que vai passando pelo museu o faz com toda a responsabilidade e se sente em segurança.
O Museu do Ferro e da Região de Moncorvo também sentiu as diferenças no que toca ao número de visitantes. Ainda assim, Nelson Campos, director deste espaço museológico, garante que a recuperação já se começa a sentir.
“No mês de Maio só tivemos 16 pessoas, já nos anos anteriores andamos na ordem dos cento e tal, duzentos. Este mês que passou vieram 111 pessoas, quando no ano passado costumávamos andar nos 600”.
À semelhança do que aconteceu com vários espaços, o museu está mais parado no que toca à dinâmica de exposições temporárias. Muitos deles deixaram de as receber para não criar grandes movimentações por causa do vírus e outros porque as verbas começaram a ser menos.
O Museu da Oliveira e do Azeite, em Mirandela, parece não ter sentido assim tanto a falta de gente. Segundo Palmira Felgueiras, do museu, apenas se perderam visitantes ao fim-de-semana.
“Nós temos notado uma grande diferença aos fins-de-semana porque o nosso público de fim-de-semana eram as excursões. Durante a semana não temos sentido qualquer tipo de alteração”.
Palmira Felgueiras, dada a visitação por parte de tanta gente de fora da região, assegurou ainda que este espaço é a melhor forma de conhecer a temática do azeite naquele concelho.
Como forma de ajudar a mudar os números, no final do mês de Julho, o Ministério da Cultura lançou uma campanha de descontos no acesso a museus, palácios, monumentos e espaços arqueológicos nacionais. A iniciativa termina em Setembro.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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