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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

De quando em vez…. Este mundo em que vivemos…

Um dos grandes problemas da vivência atual, é que, muitas pessoas estão convencidas, ainda que mal preparadas, que alguma cultura livresca e até alguma erudição que não é suficiente para ser competente.
Os seus conhecimentos não contemplam a reflexão e/ou a meditação.

A sua incompetência cega-as, ao ponto de não reconhecerem, em nenhuma circunstância, os seus próprios erros. São intolerantes para quem está abaixo de si e lambe botas para quem se encontra acima.

É assim, que muita da nossa “Elite” – aquela que sabe, de facto, o que é o saber  e conhecimento – se encolheu numa concha e desistiu de debater a estupidez humana.

António Damásio consagrado cientista escreveu um livro intitulado “A Estranha Ordem das Coisas”, no qual chama a atenção para a necessidade de “educar massivamente as pessoas para que aceitem os outros”, caso contrário, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”.

Na realidade, salvo melhor opinião, talvez se deva dar uma certa apetência pela quantidade em detrimento da qualidade.

É a nova norma. Para que exista qualidade basta apenas dominar o vocabulário português.

Por outro lado, o efeito “Werther” como é designado em psicologia, em referência a uma onde de suicídios descrita na obra “O Sofrimento de Werther” da autoria de Goethe, já dizia que a difusão de acontecimentos, em particular os mais funestos, propiciam a um caminho para a sua mimetização (disfarce).

Num país, como o nosso, e mais alguns por esse mundo fora, onde a justiça se pratica de uma forma injusta – um homem é condenado à cadeia por roubar 6 euros, enquanto muitos, considerados elite, roubam milhões e estão em liberdade – não tem sido possível garantir que há dignidade nas relações comunitárias. Elas sobrevivem numa elevada tensão entre os seus membros.

É por isso, importante realçar a dignidade de cada ser vivo, porque, nos proporciona uma visão sobre o nosso semelhante, de que, não sendo como eu, não significa que seja menos que eu.

Não é a consciência da raça, da cor da pele, da terra de origem, do partido político ou do clube de futebol a que pertencemos, que define a nossa consciência. O que deve defini-la é o humanismo que nos está a faltar.

Tendo em conta que a idade deste universo se situa nos 13,82 biliões de anos e considerando que a nossa perspetiva de vida anda pelos 90 anos, podemos concluir que somos muito efémeros.

Há que aproveitar o melhor que a natureza nos oferece, não deixando que ela esteja a ser alternada por interesses insondáveis, que podem causar a destruição do Planeta.

Mário Lisboa

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