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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Alfândega da Fé aposta no repovoamento dos centros urbanos com habitação social

 O município de Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, vai investir três milhões de euros na aquisição e recuperação de imóveis degradados para realojar famílias carenciadas e repovoar os centros da vila e de algumas aldeias.
Trata-se, como explicou hoje à Lusa o presidente da Câmara, Eduardo Tavares, de uma vertente da Estratégia Local de Habitação com financiamento assegurado no âmbito do programa nacional “1.º direito” e cujo acordo com o Governo foi homologado na terça-feira.

Esta vertente, segundo o autarca, destina-se a criar habitação para as 40 famílias identificadas no concelho transmontano que não têm casa própria e vivem sem condições de habitabilidade e, ao invés de construir bairros sociais, o município optou por recuperar imóveis abandonados.

O autarca concretizou à Lusa que o município vai adquirir imóveis, tanto na vila sede de concelho como em algumas aldeias, para recuperar e instalar as famílias necessitadas, através do arrendamento social.

A intenção é recuperar três imóveis municipais e a câmara adquirir imóveis a privados a preços tabelados pelo Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).

Desta forma, Eduardo Tavares está convencido que será possível resolver os problemas de falta de habitação condigna e o despovoamento e envelhecimento que afeta os centros urbanos, onde vive cada vez menos gente.

Esta vertente leva a maior fatia financeira dos cinco milhões necessários para a Estratégia Local de Habitação de Alfândega da Fé, com os três milhões de euros destinados ao arrendamento social assegurados pelo acordo homologado na terça-feira.

A outra vertente, com uma estimativa de investimento de cerca de dois milhões de euros destina-se a apoiar proprietários de habitações a necessitarem de melhoria da habitabilidade, e a Câmara de Alfândega da Fé identificou 100 casos nesta categoria.

Estes processos, segundo o presidente, decorrem de forma diferente, com os proprietários a candidatarem-se diretamente aos apoios disponibilizados pelo IHRU, apoiados na parte logística pela autarquia.

Eduardo Tavares adiantou à Lusa que “já foram submetidas cerca de 30 candidaturas” entre os 100 casos identificados.

Ao todo, a Câmara de Alfândega da Fé identificou 140 famílias a necessitarem de apoio no concelho, que representam cerca de 500 pessoas, mais de 10% da população do concelho.

Estes são os números globais da Estratégia Local de Habitação, com um investimento estimado de cinco milhões de euros, e que está pronta há dois anos.

O presidente da Câmara lembrou que o concelho transmontano “foi dos primeiros a nível nacional a apresentar a estratégia local” e considerou “fundamental a implementação deste programa em territórios rurais e despovoados, onde, para além da antiguidade e do mau estado de algumas habitações, se juntam as condições climatéricas extremas” dos “nove meses de inverno e três de inferno” no Nordeste Transmontano.

No levantamento feito no concelho, “foram identificadas 140 situações habitacionais que reuniam os requisitos necessários para poderem a aderir ao programa “1.º Direito” e que “representam 3,7% do total de habitações do concelho”.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em 2017 o concelho de Alfândega da Fé tinha 3.692 habitações.

O programa “1.º Direito” permite, quer aos beneficiários diretos, quer as entidades como os municípios, solicitarem financiamento, nas modalidades de comparticipação, empréstimo e as duas modalidades combinadas.

A comparticipação de parte do financiamento pedido é não reembolsável, ou seja, é a fundo perdido e o empréstimo tem taxa de juro reduzida.

O programa "1.º Direito" foi lançado pelo Governo com o propósito de acabar com a habitação indigna em Portugal, tendo como horizonte as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974.

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