A Aldeia das Quebradas, no concelho de Mogadouro, ficou quase toda queimada com o incêndio que deflagrou na terça-feira à tarde e ainda consome mato e floresta em quatro concelhos do distrito de Bragança.
“Foi um susto”, admite à Renascença Diogo Comenda, habitante da aldeia. “Perdemos tudo. Não há nada a fazer”, acrescenta, confirmando a morte de alguns animais nas suas terras: “Um burro e dois porcos”.
A noite foi trabalhosa para a população, que só conseguiu dormir de manhã. Com o nascer do dia, é possível ver o cenário desolador da terra queimada. Mas, “o pior já passou”, diz Diogo.
“Está tudo ardido, não deve pegar muito mais. Temos estado em vigília e os bombeiros têm estado a ajudar”, adianta.
A Quinta das Quebradas perdeu culturas, animais, alguns anexos e uma habitação. Vários quilómetros de linha telefónica foram destruídos e postes derrubados.
Nesta altura, a meio da manhã, não há povoações em risco. O fogo está com duas frentes. No combate às chamas estão mais de 650 bombeiros, apoiados por nove meios aéreos, entre eles um da Força Aérea.
“Os fogos activos estão em zona de mato, que não oferece perigo para as populações”, assegura o adjunto nacional da Protecção Civil, Carlos Guerra.
O incêndio começou ontem, às 13h47, no concelho de Alfândega da Fé, mas estendeu-se à aldeia das Quebradas, concelho de Mogadouro, bem como aos municípios de Torre de Moncorvo e Freixo de Espada à Cinta, tudo no distrito de Bragança.
O fogo, já considerado o maior deste ano, consumiu dezenas de hectares de floresta e ameaçou várias povoações.
in:rr.pt
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