A distinção honorífica foi entregue no sábado, num ato a que ocorreu a população de Macedo de Cavaleiros e das aldeias limítrofes, dado que a sua intervenção pastoral é alargada a outras 9 localidades. Um esforço grande para os seus 76 anos, mas que “haja saúde e forças” promete continuar.
Uma vida sacerdotal que iniciou pelos 12 anos, por influência do tio “a quem eu chamava padrinho, que um dia de manhã bem cedo nas férias de verão, quando fomos ‘tocar a burra à nora’, como antes se dizia, me atirou com essa: ‘Ó Manuel gostavas de ir para o seminário?’. Eu não sabia o que era, ele lá me explicou e depois de conversar com a minha mãe, que eu já não tinha pai, e do meu tio concordar em dividir as despesas, assim foi. Comecei no Convento de Cristo em Tomar.” Mais tarde viria para o Seminário da Diocese, onde foi ordenado em 1963 pelo saudoso Bispo de então, D. Abílio Vaz das Neves.
O Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Beraldino Pinto, refere que que esta distinção vem reconhecer “uma participação muito ativa e intensa nestes anos todos, indo além de uma intervenção pastoral, mas também social, ligada às respostas, também na área cultural, na ligação com as gerações e na dinâmica com os grupos. E por isso, esta data dos 50 anos é muito bonita para nos associarmos, e o Município, interpretando o sentido da comunidade, propôs esta distinção, e transmitiu hoje a gratidão pelo serviço prestado pelo Cónego Melo.”
Para Manuel Inácio de Melo, a homenagem “simboliza que este povo é grato e quis estar com o seu pároco. Para mim é um reconhecimento do sacerdócio e do papel que a Igreja tem tido ao longo de todos os séculos, no aspeto social, cultural e não apenas no litúrgico.” Momento que rejeita que seja “um reconhecimento à minha pessoa, mas que seja através da minha pessoa que essa reconhecimento seja para Deus e para a comunidade”.
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