O presidente da Junta de Carviçais, Torre de Moncorvo, disse à Lusa que, durante a madrugada de hoje, se viveram "momentos de pânico" na localidade, devido ao incêndio que lavra na região desde terça-feira.
"Vivemos uma situação muito complicada, já que o incêndio lavrava em várias frentes, tendo chegado mesmo a ameaçar um armazém de produtos para a construção civil e combustíveis, um restaurante e uma unidade de turismo rural", disse José Teixeira à agência Lusa.
A aldeia esteve "praticamente cercada pelo fogo", disse o autarca, reconhecendo que "há bombeiros de várias zonas do país [envolvidos no combate às chamadas] que não conhecem os acessos, o que dificulta a ação no terreno".
Segundo José Teixeira, só depois das 04:00 de hoje é que a situação na aldeia de Carviçais ficou "mais controlada".
"O problema deste incêndio é que foi um ano muito chuvoso e as populações não tiveram cuidadosos com a limpeza das matas e, depois, pagam todos pela mesma medida, o que é uma chatice" acrescentou.
O autarca adiantou que, cerca das 09:30, a situação estava mais calma, mas o vento está sempre a mudar de direcção.
Os meios de combate no teatro de operações foram, esta manhã, reforçados com dois aviões bombardeiros espanhóis.
O fogo, que deflagrou às 13:47 de terça-feira, tinha às 09:15 de hoje três frentes ativas.
No combate a este incêndio estavam, à mesma hora, 724 homens, apoiados por 193 veículos e cinco meios aéreos, sendo dois destes aviões bombardeiros espanhóis.
O incêndio já consumiu algumas centenas de quilómetros quadrados de culturas como o amendoal, olival, sobreiros e algumas hortas.
Lusa/SOL
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