Os contratos foram assinados ontem em Macedo de Cavaleiros, na presença da Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que destaca a importância do trabalho em rede para potenciar o turismo no território:
“É muito importante trabalharmos projetos concertados entre várias autarquias e territórios, e estes quatro são bons exemplos desse trabalho em rede.
Por outro lado, também temos esta perspectiva interessante de cooperação transfronteiriça, dada a posição geográfica destes territórios, e, por fim, uma preocupação no saber fazer, que também é muito importante porque temos de preservar as nossas tradições e gentes.
Vamos ver se no próximo concurso, e deixo também aqui o desafio, conseguimos continuar a trabalhar em rede e que o turismo possa continuar a criar estes bons estímulos, para que estes territórios possam aparecer mais vezes no mapa.”
De todas as candidaturas submetidas na zona Norte, a grande maioria partiu de Trás-os-Montes e do Douro, no entanto, a falta de empresas de animação turística é um problema na região, considera Luís Pedro Martins, presidente da Turismo do Porto e Norte de Portugal:
“Estão a começar a crescer cada vez mais, mas eu acho que é muito importante que, associados a estes projetos, se consiga captar, nomeadamente para este território de Trás-os-Montes, as empresas de animação turística, a exemplo daquilo que já se faz em outros territórios, porque são o óleo que consegue depois ligar tudo: a restauração, hotelaria, paisagem, as tais ecovias, e aqui ainda há um défice de empresas de animação turística. Ambiciono que este tipo de projetos ajuda também ao surgimento deste tipo de empresas.”
Dos quatro projetos, para os quais foram ontem assinados contratos, destaque para o “Rota Saber Fazer na Terra Transmontana”, promovido pela Associação de Municípios da Terra Quente Transmontana, que pretende levar o turista a experimentar hábitos e saberes das gentes destas terras, como explica Manuel Miranda, secretário-geral da associação:
“Pretendemos valorizar aquilo que é ainda a génese da nossa gente, dos transmontanos, e apelar àquilo que ainda são as artesanias existentes e o saber no nosso território, que é muito característico.
Queremos recorrer aos artesãos que ainda existem e a algumas práticas agrícolas, valorizando-as e constituindo-as como um pacote turístico para promovermos o nosso território e organizarmos vindas de turistas de forma organizada, onde eles possam ter uma permanência no território que vá para além daquela ida e vinda no próprio dia.”
Outro dos projetos que vai receber apoio foi submetido pelo Geopark Terras de Cavaleiros para criação de infraestruturas de acesso, segurança e sinalética em quatro geosítios e implementação de plataformas digitais, deixa saber Benjamim Rodrigues, autarca de Macedo de Cavaleiros:
“Estamos a falar de uma valorização infraestrutural, que é a que mais nos preocupa e exige mais esforços por parte da autarquia. Ao mesmo tempo, também contempla a parte da inovação, que tem a ver com toda a valorização da parte turística, com uma aplicação e plataforma que pode ser consultada pelos turistas que nos visitam.
A certificação do geoparque vale por quatro anos e há uma série de exigências que o júri internacional faz, como termos os geosítios visitáveis, com acessibilidades e com informação acessível também.”
Os dois outros projetos são a Grande Travessia do Douro Internacional e Vinhateiro em BTT, com uma extensão de 275 km e o Raia Norte II, para criação de uma rota e estruturas para caravanismo e ciclismo com veículos elétricos, entre concelhos raianos.
Escrito por ONDA LIVRE
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