sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Escola de Vinhais dividida em quatro

 Alunos ficam divididos em quatro grupos: um segue na secundária, o outro regressa à primária. A antiga escola preparatória recebe cinco anos de escolaridade e há ainda seis alunos que seguem para a escola de música.
Foto Afonso de Sousa/TSF
Na vila de Vinhais, no distrito de Bragança, as aulas não vão começar de uma forma diferente por causa da Covid-19. A escola secundária e sede de agrupamento está em obras e os quase 500 alunos dos diversos ciclos de ensino, vão ter aulas em quatro locais diferentes na vila. A previsão é a de que a situação se mantenha até à Pascoa, mas pode durar o ano inteiro.

Os únicos alunos que ficam na sede do agrupamento são os 19 do 12.º ano e vão ter aulas na biblioteca durante a manhã. "Mas à tarde fica aberta para quem quiser lá trabalhar, por marcação", diz Rui Correia, diretor do Agrupamento de Escolas Afonso III.

Os 67 alunos dos 10.º e 11.º regressam à primária da vila. "Já foi recuperada há algum tempo e tem quatro salas para as quatro turmas."

Os dos 5.º, 6.º, 7.º, 8.º e 9.º anos vão para a antiga preparatória, acrescenta o diretor. "O segundo ciclo e o terceiro ciclo. Estamos a falar num universo acima dos 200 alunos que se vão juntar aos que já lá estavam que eram 90 do primeiro ciclo."

E para o edifício da escola de música vão mais seis alunos: "É uma unidade de ensino estruturado, pertence também ao centro de apoio às aprendizagens com crianças com crianças com a problemática de síndrome de autismo."

Luís Fernandes, presidente da Câmara de Vinhais, assume que as coisas estão um pouco baralhadas, mas por dois motivos óbvios. "Um, que é um bom motivo, pelo facto de estarem a decorrer obras de requalificação na escola secundária e o outro, que é um mau motivo, por causa da Covid, que obriga também a que haja aqui uma dispersão dos alunos."

Rui Correia, o diretor do agrupamento sabe que haverá constrangimentos e apela a uma boa participação de todos. "As coisas são mesmo assim, quando há obras em casa sabemos que temos alguns constrangimentos. Tem que haver aqui alguma cooperação, alguma paciência, algum bom senso de todos e a boa participação de todos é fundamental."

O presidente da vila diz que a dispersão poderá ajudar a controlar contágios e assegura que todos serão bem recompensados. "Vai ficar uma escola completamente nova. O sacrifício que estamos todos a fazer mas principalmente os alunos e os professores vai ser vantajoso no próximo ano porque vão tirar vantagens da requalificação da escola."

Num ano que será completamente único para toda a comunidade escolar do país, por causa do vírus, Vinhais tem mais motivos para não esquecer o ano letivo de 2020/2021.

Afonso de Sousa

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