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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

A mais antiga feira do Fumeiro de Vinhais será apenas online

 A Câmara de Vinhais, no distrito de Bragança, anunciou hoje que vai realizar a tradicional Feira do Fumeiro online com perdas de “centenas de milhares de euros” para a economia do concelho e da região.
O presidente do município acredita que o fumeiro tem venda garantida, mas admite consequências negativas da não realização da mais antiga feira gastronómica da região para toda a atividade que gerava nos anos anteriores.

O autarca tinha anunciado a intenção de manter a venda presencial com condições mais restritivas mas, devido à evolução e medidas de contenção da pandemia de covid-19, dá agora apenas como certa a venda online entre 11 e 14 de fevereiro.

O município criou uma plataforma digital (www.fumeirodevinhais.pt) onde serão exibidos os enchidos tradicionais e os clientes poderão fazer as compras, com a garantia de que a própria autarquia se encarregará de fazer chegar ao destino as encomendas de valor superior a 50 euros.

A plataforma vai estar disponível a partir de 01 de fevereiro e, paralelamente às vendas, vão realizar-se outras iniciativas online, como as habituais jornadas técnicas do porco bísaro, elemento distintivo destes enchidos transmontano.

O tradicional concurso do melhor salpicão também se mantém, assim como demonstrações gastronómicas, a cargo de chefes de cozinha, dos pratos que podem ser confecionados com estes produtos certificados com Indicação Geográfica Protegida (IGP), nomeadamente o salpicão, a chouriça de carne, a alheira, o butelo, a chouriça doce e o chouriço azedo e o presunto.

A feira do fumeiro que se realizou ininterruptamente nos últimos 40 anos em fevereiro não terá este ano a mesma dimensão, como salientou hoje, na apresentação do programa, o autarca local, Luís Fernandes, que ainda mantém “alguma esperança” de a pandemia permitir fazer venda presencial na segunda semana de fevereiro paralelamente com a plataforma digital.

Independentemente de ser possível, será sempre limitada e sem a presença de dezenas de milhares de visitantes que anualmente acorriam a Vinhais à procura do fumeiro, com uma fileira que movimenta anualmente cerca de 10 milhões de euros neste concelho.

A autarquia estima que sem as atividades e a dinâmica em torno da feira, não só o concelho, mas a região, terão um impacto económico negativo “na ordem das centenas de milhares de euros”.

O presidente da Câmara está certo de que “os produtores não vão deixar de vender o fumeiro”, mas faltarão as restantes atividades que abrangiam centenas de expositores, outros produtos regionais, setor empresarial ligado à agricultura, animação, restauração e comércio.

Os responsáveis locais ainda não sabem quantos produtores irão aderir à plataforma de venda digital, mas apontam para “pelo menos, entre 40 a 50”.

Os condicionalismos da pandemia ocorrem num ano considerado “bom” para o fumeiro com as geadas e frio a ajudarem à qualidade dos enchidos.

Com as consequências da crise sanitária, esta autarquia tem reclamado do Governo apoios a estes produtos, nomeadamente a redução da taxa de IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) para o mínimo de 6% para os produtos certificados com Denominação de Origem Protegida (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP).

O município de Vinhais já fez chegar esta reivindicação ao Governo, assim como a Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes.

HFI // ACG Lusa

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