Por: Maria da Conceição Marques
(colaboradora do "Memórias...e outras coisas...")
A serenidade do olhar
Inatingível e secreto,
prendo a vida,
entre as mãos ansiosas,
dentro do sorriso discreto.
Embalada em misérrimos sonhos,
navego nas nuvens,
Desço, ao rastejar da urze,
Sou mera criatura
Por Deus pai, fui criada,
fui resquício de gente,
No ventre de minha mãe
Por meu pai, implantada!
Incrédula, séptica e descrente,
Pouco mexe comigo,
Que gostem de mim,
Que me odeiem,
Não me diz nada, de nada
Isso pouco me importa,
Isso, é-me indiferente.
Sob, a serenidade do olhar
Procuro um resto de sol,
Um naco de fantasia
Um pouco de amor e mar,
Um canteiro, de açucenas
Brancas e perfumadas
No meu castelo de amor,
Onde a alma vai morar
Num reciproco, vai e vem
Com respeito e amor ao próximo
Sem fazer mal a ninguém.
Sem comentários:
Enviar um comentário