Sandra de Castro é de Sendim, no concelho de Miranda, e faz Capas de Honra. Não quis deixar de se candidatar ao subsídio, devido ao pouco rendimento que tem tido. “É importante, porque já há quase um ano que é impossível fazer feiras. Quem vive disto de profissão deixa de ter rendimentos e dinheiro para pôr comida no prato. Mesmo com a porta aberta não se vende porque não há circulação de pessoas, não consomem”, frisa a artesã.
Também Francisco Cangueiro se candidatou ao apoio. É de Palaçoulo, também no concelho de Miranda, e faz facas e navalhas artesanais. Entende que este subsídio vai fazer toda a diferença, já que não têm recebido mais nenhuma ajuda do Governo. “Para mim, e acho que para todos os outros colegas, essencialmente neste momento é crucial, é bom. Porque praticamente desde Março que estamos sem trabalhar. Não são só os artesãos, as pessoas que vivem da rua, vivem das feiras fomos o brigados a não trabalhar, a não ganhar dinheiro, acho que deveriam ter olhado um bocadinho mais para nós. A maneira como geriram o apoio aos artesãos acho que não foi bom”, sublinhou.
Para se candidatarem ao apoio é necessário terem carta válida de artesão e de unidade produtiva artesanal. José Carvalho desde pequeno que está ligado à área e trabalha com o xisto. Por não ter os requisitos pedidos viu-se impossibilitado de se candidatar a um apoio que para si era importante, “Fiz um presépio de xisto que tive em exposição na minha aldeia e não tive quase visitas. Era bom que tivesse um apoio para o artesanato, era uma ajuda”, afirmou.
Uma medida do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social para apoiar o sector do artesanato, face à perda de rendimentos, decorrente do cancelamento de feiras e certames devido à Covid-19.
Sem comentários:
Enviar um comentário