quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Clientes de cafés e bares adaptam-se à proibição de fumar em espaços fechados

 No início deste ano, entrou em vigor a proibição total de fumar em espaços fechados. O prazo para se cafés e bares se adaptarem às imposições pela nova lei do tabaco terminou no final de 2020.
As alterações da lei de 2015 entraram em vigor em Janeiro de 2016, mas a proibição total de fumar em espaços públicos fechados só se tornou efectiva a 1 de Janeiro de 2021.

Alguns proprietários de cafés em Bragança até já tinham decidido antecipar a proibição para a transição ser mais fácil. “Faz um anos que já não se fuma aqui, tomamos a iniciativa um pouco antes, está melhor na questão de limpeza e a qualidade do ar. Alguns clientes deixaram de vir porque não se pode fumar, mas a grande maioria acabou por se adaptar. De vez em quando ouvimos algumas reclamações, mas acabamos por ganhar mais clientes”, afirma um funcionário de um café.

No entanto, Manuel Fernandes diz que apesar de as pessoas já estarem a adaptar-se, a proibição é “má para o negócio, porque as pessoas estavam habituadas a tomar o cafezinho e fumar o cigarrinho”. “É mau para os cafés, as pessoas não vêm para aqui para fumar ao frio e algumas preferem ficar em casa”, afirmou.

Quanto aos clientes nem todos concordam com a medida, mas mesmo alguns fumadores vêem vantagens nesta proibição de fumar em espaços fechados.

“Acho desnecessário porque venho cá fora fumar um cigarro e apanho um frio. Agora as pessoas vão para a rua fumar e juntam-se todas à porta do café”, conta Gonçalo Rafael.

“Claro que um fumador preferia fumar na mesa, mas por um lado acho bem por causa do cheiro e da concentração de fumo”, admite um outro cliente também fumador.

A nova lei mantém algumas excepções para certos espaços públicos, sendo permitida a criação de salas destinadas a fumadores, desde que sejam cumpridos determinados requisitos, como a devida sinalização e um sistema de ventilação para o exterior com extração de ar que permita a manutenção de uma pressão negativa. 

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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