A situação já não é nova, mas tem feito acumular prejuízos que, segundo a jovem agricultora, já ronda meio milhão de euros.
Com as chuvas intensas dos últimos dias, o caudal do rio Douro engrossou, e o pesadelo da jovem agricultora Catarina Martins repetiu-se: uma boa parte dos seus 11 hectares de culturas, no vale da Vilariça, em Torre de Moncorvo, ficou submersa.
Resultado: muitas culturas perdidas e prejuízos no sistema de rega.
“Ficámos com 11 hectares submersos, sendo que por salvaguarda não tínhamos toda a área cultivada, mas tínhamos um sistema de rega inserido na parcela, há mangueiras por todo o lado, chuveiros entupidos, alguns danificados. Parte do parque de cultivo de árvores temporárias ficou submerso”, afirmou.
Mais uma vez, os prejuízos podem atingir várias dezenas de milhares de euros.
“Assim por alto, podem rondar 30 a 50 mil euros. Temos laranjeiras em permanente, couve coração e lombarda, brócolo e couve-flor”, conta.
Mesmo que o nível da água continue a baixar durante o dia de hoje, há culturas que não poderão ser salvas.
Catarina Martins culpa a EDP por não ter expropriado aquela zona em que as cheias são frequentes, estimando que os prejuízos acumulados sejam de, aproximadamente, “500 mil euros”.
A agricultora tem processos a decorrer em tribunal contra a EDP, devido a situações semelhantes noutros anos de cheia, e até agora sem resultados. A eléctrica tem recusado responsabilidades pelas cheias naquela zona de Torre de Moncorvo.
Também por causa da chuva dos últimos dias o acesso à aldeia da Foz do Sabor, no concelho de Moncorvo, ficou impedido.
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