Hoje, em Bragança, Rui Loureiro, porta-voz do movimento Uivo, afirma que a conferência, que decorre no âmbito da presidência portuguesa do conselho da União Europeia, obedece a uma estratégia do lobby da indústria mineira europeia e sublinha que “não há mineração verde”, porque “qualquer mina tem impacto no ambiente”.
“Neste momento, a União Europeia precisa de minério como pão para a boca, quer ser independente dos minérios da China e outros países e tem uma estratégia de abertura que vai afectar muito especificamente os países periféricos, nomeadamente a Península Ibérica muito rica em minério. No entanto, não há uma análise estratégica dos prós e contras destes projectos e o lobby da eurominas e do sector mineiro decidiu para manipular a opinião pública designar de mineração verde, isso não existe”, sublinhou.
Os dois movimentos de contestação à mina de Calabor, de ambos os lados da fronteira, recolheram mais de 2 mil assinaturas contra o projecto, por estar numa zona protegida na reserva da biosfera, na serra da Culebra e perto do Parque Natural de Montesinho
As assinaturas recolhidas vão ser entregues no ajuntamento de Pedralba e poderão chegar mesmo ao parlamento europeu.
Maria Duarte pertence à plataforma contra o projecto mineiro de Calabor e tem um negócio ligado à água naquela localidade espanhola, desde 2003, que pode ficar em causa com a mina.
“É por isso também que estamos a tentar parar a mina, porque não é só uma destruição da zona, mas também das nascentes que ali há e, portanto, do nosso negócio, que é uma empresa que já está implementada e tem trabalhadores”, afirmou.
Além da água engarrafada a empresa tem também um balneário termal, actividades que pode ser prejudicadas, já que se situam a pouco mais de um quilómetro da mina.
Nesta iniciativa na Praça da Sé, em Bragança, o Movimento Uivo entregou cerca de 300 assinaturas do manifesto contra a instalação da mina em Calabor, Espanha, a poucos quilómetros de Portugal, na zona do concelho de Bragança.
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