Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Escritora Hélia Correia vence Prémio Literário Guerra Junqueiro

 A escritora Hélia Correia venceu o Prémio Literário Guerra Junqueiro, do Festival Internacional de Literatura de Freixo de Espada à Cinta, que lhe será entregue na próxima edição, em julho, anunciou hoje a organização.
"Hélia Correia reflete a influência de Guerra Junqueiro tanto na parte literária, na sua poesia e no discurso poético da sua obra, como nas convicções políticas que sempre o entusiasmaram", escreve, no anúncio da decisão, a organização do Freixo Festival Internacional de Literatura (FFIL), que cabe ao município de Freixo de Espada à Cinta, no distrito de Bragança.

"O legado de Guerra Junqueiro é e continuará a ser uma fonte de inspiração para a formação de muitos poetas e escritores do século XX e XXI. E, enquanto assim for, podemos celebrar em pleno a língua portuguesa", disse a curadora do prémio literário, Avelina Ferraz.

Vencedora do Prémio Camões, em 2015, Hélia Correia (1949) licenciou-se em Filologia Românica, foi professora de Português do Ensino Secundário, e destacou-se de imediato com as primeiras obras, a poesia de "O Separar das Águas" (1981), a que se seguiu "O Número dos Vivos" (1982) e a novela "Montedemo" (1984), que a companhia de teatro O Bando pôs em cena, com sucesso.

Apesar do seu gosto pela poesia, foi como ficcionista que Hélia Correia afirmou o seu percurso, constituindo uma das mais consistentes revelações da novelística portuguesa da geração de 1980. Os seus contos, novelas ou romances surgem sempre, porém, impregnados do discurso poético.

É de poesia o seu mais recente livro, "Acidentes", editado no final do ano passado, e foi com a poesia de "Terceira Miséria" que venceu o prémio Correntes d'Escritas/Casino da Póvoa, na Póvoa de Varzim, em 2013.

"Um Bailarino na Batalha", "A Teia", "A Chegada de Twainy", "Adoecer", "Insânia", "Soma", "A Casa Eterna", "Bastardia", "Lillias Fraser", "Villa Celeste" e os contos de "Vinte Degraus" são outros títulos da escritora, numa carreira literária de 40 anos.

Hélia Correia revelou, desde cedo, o gosto pelo teatro e pela Grécia Antiga, o que a levou a representar "Édipo Rei", a escrever "Rancor - Exercício sobre Helena", e a revisitar "As Troianas" (com Jaime Rocha) e "Medeia", de Eurípides, que transpôs para "Desmesura", e "Antígona", de Sófocles, para "Perdição", textos que companhias como A Comuna, Espaço das Aguncheiras e A Escola da Noite puseram em cena.

Foi também a Grécia que a levou a escrever "A Coroa de Olímpia" e "Mopsos - O Pequeno Grego", para leitores mais novos, a quem também dedicou "A Ilha Encantada", versão da "Tempestade", de Shakespeare, "A Luz de Newton" e "Os Papagaios de Natal", livro de contos, com ilustrações de Manuel Botelho, o seu título mais antigo, publicado em 1977, pela Cooperativa de Acção Cultural - Vozes na Luta.

Entre outros prémios, Hélia Correia recebeu o PEN Club e o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco e o Grande Prémio de Romance e Novela, ambos da Associação Portuguesa de Escritores.

O FFIL divulgou igualmente os autores distinguidos com o Prémio Literário Guerra Junqueiro Lusofonia 2021: Albertino Bragança (São Tomé e Príncipe), Vera Duarte Pina (Cabo Verde), Abraão Bezerra Batista (Brasil), Abdulai Sila (Guiné-Bissau), Luís Carlos Patraquim (Moçambique), Agustín Nze Nfumu (Guiné Equatorial), João Tala (Angola) e Xanana Gusmão (Timor-Leste).

O Prémio Literário Guerra Junqueiro, que em 2020 foi alargado à Lusofonia, "é um importante contributo para um movimento criador de uma união cultural lusófona e responsável", disse a curadora, Avelina Ferraz.

Este ano o prémio reúne escritores dos nove países da união lusófona e de língua oficial portuguesa

"Ter Guerra Junqueiro como filho da terra é, por si só, motivo de orgulho. Perceber que existe uma ligação afetiva e efetiva ao património das letras e da cultura das palavras, torna esta missão cultural ainda mais desafiadora junto das nossas comunidades na Diáspora", disse Maria do Céu Quintas, presidente da Câmara de Freixo de Espada à Cinta e anfitriã do Prémio Guerra Junqueiro em Portugal, citada pelo comunicado de anúncio dos vencedores.

O primeiro autor homenageado pelo FFIL foi o poeta e político Manuel Alegre, seguindo-se o poeta Nuno Júdice, em 2018, o prosador José Jorge Letria, em 2019, a poeta, ensaísta, tradutora e professora Ana Luísa Amaral, no ano passado. O ano de 2021 é o de Hélia Correia.

FYP // MAG
Lusa/Fim

Sem comentários:

Enviar um comentário