A informação foi avançada pelo presidente da câmara, que explica que os investimentos, entre os 8 e os 12 milhões de euros, são do sector automóvel, exploração de água e na área do turismo. Hernâni Dias acredita que a escolha das empresas para se fixarem em Bragança está relacionada com a promoção do concelho e as condições para o investimento, como a não aplicação da derrama. "Na minha opinião, isso, claramente, tem a ver com as infraestruturas que estão a ser criadas em determinadas áreas, mas também com esta forma, que está a ser desenvolvida, de comunicação, para que outros investidores venham para o nosso território, percebendo as oportunidades que aqui estão, percebendo as condições que aqui estão criadas, ao nível de impostos. Lembro que o município desde há muitos anos que não aplica derrama. De 2013 a 2017 abdicámos de receber quatro milhões de euros".
A empresa do sector automóvel vai instalar-se na nova zona industrial de Bragança, onde já foram vendidos sete lotes, mas só dois projectos estão em desenvolvimento, tendo o município lançado uma nova hasta pública para venda de mais lotes. No que diz respeito ao empreendimento que pretende engarrafar água na aldeia de Gostei, o arranque está atrasado devido à pandemia. "A pandemia foi o que obrigou a que este investimento não avançasse tão rapidamente. Sabemos que o consumo de água se faz muito ao nível da hotelaria, restauração, festivais e grandes eventos de verão. Estamos, pelo segundo ano consecutivo, a viver períodos em que isso não é possível de ser concretizado e os empresários acabam por ficar retraídos naquilo que têm que fazer".
O município de Bragança pretende ainda avançar para a segunda fase do Brigantia Ecopark, que conta actualmente com 52 empresas com 260 trabalhadores, para ampliação da infraestrutura. "A nossa taxa de ocupação no Brigantia Ecopark está praticamente esgotada e, portanto, temos de pensar em poder ter um novo espaço que nos permita desenvolver este conceito. Neste momento estamos acima dos 84% de taxa de ocupação".
Declarações durante uma sessão sobre desenvolvimento e valorização do interior. Mário Borges, da Associação Transferência de Tecnologias e Conhecimento para Empresas e Instituições, falou do contributo de um novo sistema de gestão para as empresas da região. "São novas abordagens de gestão que ajudam as empresas a ser mais eficientes e eficazes".
Na sessão esteve ainda presente a secretária de Estado da Valorização do Interior que destacou que no âmbito das medidas previstas no Programa de Valorização do Interior já foram aprovados projectos no valor de mais de 5 mil milhões de euros de nestes territórios, 60% no último ano e desde 2016 foi apoiada a criação de 4 mil postos de trabalho no interior do país.
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