Ao longo de quatro dias vários autores brigantinos apresentaram as suas obras. O primeiro foi Alex Rodrigues com o conto infantil “A Cantarinha de Pinela”.
“A Amélia procura oferecer uma prenda diferente à sua mãe e a sua avó conta-lhe a história da cantarinha, que é um símbolo para nós, naturais de Pinela, e também para quem conhece a feira das cantarinhas, que simboliza o amor, a amizade. É uma prenda que se dá a quem se quer bem”, explicou Alex Rodrigues.
E como um bom filho a casa torna, Lídia Praça veio a Bragança apresentar a sua mais recente obra. “O Eco das Minhas Pátrias” é um livro de vivências da escritora, que retrata a singularidade da cultura lusófona.
“Fui fazendo reflexões à medida que viajava pelo mundo lusófono, que tinham muito a ver com a forma de ser e de estar no mundo em que se fala a língua portuguesa. Em todos os lugares onde em estive eu senti-me em casa”, contou Lídia Praça.
Já com um enquadramento histórico de Varge, no concelho de Bragança, surge o livro "Monge Errante", de António Pinelo Tiza. Com alguma ficção à mistura, a obra faz-nos viajar pelo século XIV.
“Tem muito enquadramento histórico. Os nomes dos abades é que são verdadeiros. Abades aqui de Castro de Avelãs eram bastantes tolerantes e tinham que manter unida a comunidade. Na obra há outros monges mais antigos, mais fundamentalistas, que não aceitavam ideias mais actualizadas”, referiu António Pinelo Tiza.
A fechar esta semana literária, foi apresentada a colectânea "Vozes de Trás-os-Montes", pela Academia de Letras de Trás-os-Montes, também organizadora do evento. Segundo a presidente da academia, Assunção Morais, a obra reúne vários estilos literários de mais de 50 escritores transmontanos.
“Textos literários, não literários, em poesia, prosa, em textos narrativos de carácter ficcional e outros de investigação, que têm como matriz ‘Memória e Identidade transmontanas’. Esta colectânea vem no seguimento de outras já publicadas pela Academia”, explicou Assunção Morais.
Segundo a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Bragança, Fernanda Silva, o festival não aconteceu devido à incerteza pandémica, mas ainda assim o município quis dar voz aos autores transmontanos.
“Quisemos aqui concentrar e dar voz aos nossos autores brigantinos e áquilo que são as marcas identitárias do nosso território, a história do nosso território”, destacou.
Livros e Identidade decorreu de 26 a 29 de Maio, em Bragança e deu a conhecer várias obras de diversos escritores brigantinos.
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