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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

Os Flamingos estão pela primeira vez a nidificar em Portugal

 As razões científicas para que a situação se alterasse ainda não são conhecidas. Com base na observação feita pelos Vigilantes da Natureza e técnicos do Centro de Estudos de Migrações e Proteção de Aves (CEMPA) do ICNF, é possível constatar um aumento das áreas de alimentação e repouso desta espécie em Portugal, acompanhado pela diminuição da atividade humana devida às restrições impostas pela pandemia da COVID19.

Foto: Agostinho Gomes

No Dia Internacional da Biodiversidade, que se celebrou ontem dia 22 de maio, o ICNF comunicou que pela primeira vez em Portugal nidificaram duas colónias de Flamingos. Em 2010 houve uma primeira tentativa de nidificação em Portugal sem sucesso. Nos últimos anos, a população de flamingos tem vindo a aumentar em Portugal, inclusive em muitas zonas húmidas onde antes era pouco observada. Contudo, apesar do aumento significativo, esta espécie tão emblemática e procurada por tantos investigadores e visitantes, continuava sem nidificar efetivamente em Portugal.

As razões científicas para que a situação se alterasse ainda não são conhecidas. Com base na observação feita pelos Vigilantes da Natureza e técnicos do Centro de Estudos de Migrações e Proteção de Aves (CEMPA) do ICNF, é possível constatar um aumento das áreas de alimentação e repouso desta espécie em Portugal, acompanhado pela diminuição da atividade humana devida às restrições impostas pela pandemia da COVID19.

Para além das razões identificadas, é do conhecimento da comunidade científica que os locais onde os flamingos (Phoenicopterus roseus) se reproduzem estão a sentir os efeitos da seca, desde há vários anos.

Os riscos mistos, de componente ambiental, associam-se a fenómenos potencialmente perigosos com causas combinadas, incluindo-se neste conjunto os incêndios florestais, contaminação de aquíferos e a consequente degradação dos habitats.

Sem as condições ecológicas reunidas os flamingos não têm espaço para se reproduzirem pelo que procuram outros locais que lhes permitam alimentar-se, nidificar e reproduzir-se, como sucede em Portugal, onde existem áreas ricas em alimento.

Este ano, e pela primeira vez, existem duas colónias de flamingos a nidificar em duas Áreas Protegidas sob a gestão do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas, I.P., onde se estima um valor considerável de ninhos nas duas colónias. Contamos, muito em breve com a chegada dos primeiros juvenis nascidos em território Português.

Pela sensibilidade do momento, é importante lembrar a importância de não perturbar as áreas escolhidas por esta espécie para nidificar. Em breve os ovos vão eclodir e será possível acompanhar o crescimento dos pequenos flamingos.

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