Uma prática que cresceu desde o início da pandemia, avança Pedro Gaspar, inspetor geral da ASAE. “Normalmente o que é disponibilizado na internet é em quantidades menores, não são os mesmos volumes de outras situações. As pessoas não têm noção do que, muitas vezes, está por detrás de situações de contrafação, porque normalmente há um histórico de branqueamento de capitais e de concorrência desleal. Há todo um trabalho que deve ser feito para que o consumidor fique esclarecido e, ele próprio, seja o primeiro a rejeitar essa situação. Ainda temos um caminho educacional para ser feito”.
Declarações à margem da habitual doação às Misericórdias do Distrito de Bragança de vestuário contrafeito apreendido.
Ações importantes que valorizam a parte social, sublinha Alfredo Castanheira Pinto, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros. “Esta vertente da ASAE beneficia muito as a IPSS, o que se revela de extrema importância. As Misericórdias têm muitas dificuldades e, por vezes, não conseguem arranjar vestuário para as pessoas que batem à porta a pedir. Recordo que uma das obras de misericórdia é vestir os nus”.
E também os pedidos de ajuda de pessoas carenciadas têm vindo a aumentar. “Temos tido muita gente a pedir e, inclusive, nós não temos conseguido atender todos os que nos batem à porta. Temos listas de espera para ajudar quem precisa. Há muita pobreza envergonhada também, e penso que a pandemia contribuiu para isso”.
Este ano, cerca de 4800 peças foram distribuídas pelas instituições de Alfândega da Fé, Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro, Santulhão e Vila Flor.
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