Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 4 de abril de 2022

Concelho em Destaque: 10% de Vinhais é ocupado por soutos e a cultura está em crescendo

 As tradições e rituais ancestrais, a gastronomia, as paisagens distintivas e a riqueza de Vinhais estão em destaque hoje, depois do noticiário das 17h, na Rádio Brigantia


No concelho que é o segundo maior produtor de castanha a nível nacional, esta é a única cultura agrícola em crescimento em Vinhais. Conhecido pelo fumeiro, o concelho tem nesta fileira e na castanha os principais motores da economia.

Se em 2009, havia 5 mil hectares de soutos, actualmente são já 10 mil os hectares ocupados por castanheiros no concelho de Vinhais, o que segundo o presidente da Arborea - Associação Agro-Florestal da Terra Fria Transmontana, Abel Pereira, representa mais de 10% do território do concelho. "É a única cultura que representa bastante na economia do concelho. É a única que mexe com a economia e ainda há algum incremento. É a única cultura que está a crescer no concelho. Embora haja muito desânimo, há pessoas que dizem que isto não se vai manter, porque cada vez aparecem mais problemas, mas o que eu penso é que continuará a ser uma cultura com interesse. É a cultura que, à data, representa algo para a economia".

Os 2 mil produtores do concelho colhem em média 8 a 9 mil toneladas por ano, o que se traduz em 10 a 15 milhões de euros de euros de rendimento. Mas a fileira da castanha pode movimentar até 25 milhões de euros anualmente.

Além da castanha, outro pilar importante da economia de Vinhais é o fumeiro.

Para produzir este fumeiro, que tem certificação IGP, é essencial a carne do Porco Bísaro, uma raça autóctone que esteve praticamente extinta e que foi recuperada pela Associação Nacional de Criadores de Suínos de Raça Bísara (ANCSUB), explica Pedro Fernandes, da Associação. "Essa foi uma das razões que fez a associação decidir recuperar esta raça: acrescentar valor ao fumeiro, que já de si era conhecido e valorizado. Foi assim que se conseguiram as qualificações comunitárias. A Indicação Geográfica Protegida penso que se não fosse feita com raça bísara não era possível de a obter".

Estima-se que o sector represente entre os 6 e 7 milhões de euros anuais no concelho. Há 27 anos, foram identificados apenas 15 animais em toda a região com as características da raça de porco bísaro. Actualmente, há 5500 porcas reprodutoras no país, 330 no concelho.

O concelho está inserido no Parque Natural de Montesinho e desde 2008 com o Parque Biológico de Vinhais, que acaba por ser uma montra da fauna e flora desta área protegida.

Desde a abertura, já foi visitado por cerca de 400 mil pessoas e no equipamento já pernoitaram aproximadamente 90 mil pessoas.

E se nos últimos dois anos, com a pandemia, os visitantes diminuíram, em sentido contrário as dormidas cresceram. "Tivemos a capacidade máxima sempre ocupada e aí notámos algumas diferenças que foi conseguir chegar a gente ainda mais longe, porque o nosso grande público é da área metropolitana do Porto. Na pandemia, quer em 2020 quer em 2021, conseguimos ter gente de Coimbra, Lisboa, Sintra, Setúbal... conseguimos a gente de mais longe. Agora, em 2022, já temos para o mês de Agosto 90% de ocupação".

Além do património natural, Vinhais é um concelho muito marcado por rituais e tradições, como os caretos que são uma das inspirações de Maria Jorge Torres, que se mudou para Rebordelo para se dedicar à escultura e cerâmica.

Apesar de parecerem peças decorativas, o objectivo que faz são para serem utilizados. "O meu objectivo é que as pessoas usem isto no seu dia-a-dia. Acho que temos que aproximar as pessoas da arte. Temos que as sensibilizar. Não podemos, muitas vezes, esperar que elas vão a um museu para ver arte. A arte tem que estar no nosso dia-a-dia, naquilo que fazemos. Temos que a associar aos nossos sentidos".

Desde o Verão do ano passado que está a produzir colecções inspiradas na natureza transmontana e além de fazer conjuntos de loiça e apresentar propostas, aceita, ao mesmo tempo, encomendas ou pedidos de variações em relações às peças.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

Sem comentários:

Enviar um comentário