“Temos tudo preparado para acolher estes 60 deslocados de guerra que estão em trânsito entre Lisboa e Mogadouro, e que ficarão instalados, condignamente, na residência para estudantes desta vila”, explicou António Pimentel.
O autarca de Mogadouro, disse ainda que tudo foi organizado “num curto espaço tempo, já que o contacto do Alto Comissariado para as Migrações surgiu apenas na quarta-feira”.
“Após o contacto da Segurança Social, o município de Mogadouro mostrou-se disponível para receber 60 deslocados de guerra provenientes da Ucrânia. Fomos contactados na quarta-feira pelo Alto Comissariado para as Migrações, perguntando-nos se podíamos receber 60 pessoas de nacionalidade, devido à invasão da Rússia à Ucrânia, pelo que a nossa resposta foi igualmente positiva”, explicou António Pimentel.
O autarca disse ainda que apesar dos contactos que houveram com as respetivas entidades há também um “assumir de responsabilidades por parte do município de Mogadouro com estas pessoas”.
"Estas responsabilidades passam pelo alojamento, pela alimentação, e se virem crianças, o ensino será outra das prioridades. Todo este processo será desenvolvido a nível local pelas diversas entidades públicas como a Segurança Social ou Ministério da Saúde para proceder ao processo de localização destas pessoas uma vez que se deslocam diretamente da Ucrânia, sem a sua situação regularizado”, concretizou.
Os deslocados ucranianos estão a ser acompanhados na viagem que envolve dois autocarros entre o aeroporto de Figo Maduro (Lisboa) e Mogadouro pela a chefe de gabinete da presidência da câmara e a veterinária municipal , já entre o grupo pessoas, também há vários animais que companhia e auxiliar todo o processo de instalação destas pessoas.
“A residência para estudantes, está devidamente equipada para receber os deslocados de guerra da Ucrânia, sejam crianças, mulheres ou idosos”, vincou o autarca.
De acordo com António Pimentel, o executivo municipal já havia aprovado uma verba de 200 mil euros, para fazer face aos primeiros gastos com o atendimento destas pessoas.
Os deslocados partiram da Polónia num novo voo humanitário de apoio à Ucrânia da responsabilidade da Associação Ukrainin Refugees (UAPT) que transportava 263 pessoas, cujo alojamento está garantido por vários centros de acolhimento.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de dois mil civis, segundo dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou já a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, mais de 5 milhões das quais para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU – a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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