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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Pandemia ajudou a camuflar casos de violência doméstica no distrito

 O ano passado surgiram mais 77 vítimas de violência doméstica no distrito de Bragança


Dados do Núcleo de Apoio à Vítima da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança, revelam que houve uma ligeira subida em relação a 2020, em que se registaram 71 novos casos. Mas, de acordo com a responsável, Teresa Fernandes, devido à pandemia, muitos processos atrasaram e tiveram que ser resolvidos já em 2021.

“Não há um aumento significativo de 2020 para 2021, o que há de facto é uma maior necessidade de acompanhamento e durante mais tempo, por força de tanto os tribunais, como a Segurança Social, como o apoio judiciário e a própria Ordem dos Advogados poderem demorar mais tempo a fazer a atribuição desses apoios”, explicou.

No total foram apoiadas 169 pessoas, a maioria com idades entre os 45 e 66 anos. Além da pandemia ter trazido constrangimentos à resolução destes casos, também camuflou muitos outros. Estes números podem não reflectir o número real de vítimas no distrito, já que houve uma tendência para não pedir ajuda, com medo de saírem de casa e de ficarem infectadas.

“Ao contrário do que seria expectável, porque a crise pandémica associou-se à crise social e familiar, não tiveram o reflexo imediato nos números, porque aquilo que percebemos foi que as pessoas tinham medo de denunciar, pelo medo da mudança, pelo medo da saída e por haver mais preocupação com a infecção por covid-19 do que propriamente pela contenção comportamental”, frisou.

A juntar-se ao medo da mudança, está ainda a pressão da sociedade em manter um casamento.

A Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança tem um centro de emergência para vítimas de violência doméstica, onde tem actualmente 9 pessoas, e construiu ainda uma Casa Abrigo que a partir de Maio estará disponível a receber até 30 pessoas.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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