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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Gestão de cadáveres de gado: aprovação de leis não implica implementação prática no terreno

 Um estudo publicado na secção Policy Analysis da revista Biological Conservation e realizado por investigadores da Universidade de Oviedo, em Espanha, e da Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural revela que há várias lacunas existentes entre a aprovação de leis de gestão de cadáveres de gado em benefício da fauna silvestre e a sua implementação prática no terreno. Isto significa que aprovar leis sobre esta matéria não é suficiente para garantir o sucesso da sua implementação, é fundamental assegurar que estas são efetivamente conhecidas pelas populações e implementadas na prática.


No artigo intitulado"The continued deficiency in environmental law enforcement illustrated by
EU sanitary regulations for scavenger conservation", os cientistas usam como exemplo paradigmático a aprovação de regulamentos sanitários europeus para a gestão de cadáveres de gado, com vista a promover a conservação da fauna silvestre em Espanha e Portugal, para demonstrar como a existência desses regulamentos não significa o seu cumprimento e implementação no terreno.

O estudo sublinha que "negligenciar as lacunas de implementação [das leis] pode dar origem a interpretações sobre a eficácia dessas ferramentas legais que não correspondem à realidade, com consequências tanto na área científica, como ao nível da conservação da natureza".

Os resultados deste estudo refletem, aliás, o que sucede com várias normas e leis relacionadas com a proteção do meio ambiente, a conservação da natureza e da biodiversidade à escala mundial. De facto, a falta de cumprimento, na prática, dessas leis foi já identificada como um dos grandes problemas e desafios de conservação na atualidade em todo o mundo. A solução para esta problemática passa, em parte, pela monitorização e avaliação do que se passa no terreno, como se fez neste trabalho e também no âmbito do projeto Sentinelas - Rede de Monitorização de Ameaças para a Fauna Silvestre, por exemplo.

Este artigo resulta de trabalhos desenvolvidos no âmbito dos projetos LIFE Rupis e Sentinelas da Palombar, implementado em parceria com a Universidade de Oviedo e financiado pelo Fundo Ambiental. Foi publicado online no dia 25 de abril de 2022 e está disponível em acesso livre durante 50 dias AQUI.

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