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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 23 de abril de 2022

Críticas à ausência das freguesias na nova gestão de Montesinho

 A ausência das freguesias no órgão de decisão gerou hoje críticas na apresentação da proposta para o novo modelo de gestão do Parque Natural de Montesinho, a área protegida que se estende pelos concelhos de Bragança e Vinhais.


O Parque Natural de Montesinho foi criado há 43 anos e vai, pela primeira vez, ter um modelo de cogestão, em que além do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) estão representadas outras entidades, nomeadamente os municípios.

A comissão de cogestão, que será o órgão decisório, não tem representantes das 28 freguesias dos dois concelhos, que abrangem as 88 aldeias e oito mil habitantes desta área protegida, que ao longo dos últimos anos se têm queixado de ser esquecidos pela direção do Parque.

No momento em que se discute o novo modelo de gestão, “os presidentes de junta foram, maltratados, porque ninguém falou deles”, segundo o reparo feito por Telmo Afonso, presidente da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo, na cidade de Bragança.

O autarca, que é natural de uma das aldeias e já foi presidente de junta no Parque, acha “estranho não estar nenhum representante na gestão” e expressou esta posição durante a sessão que teve lugar hoje, em Bragança, com os diversos responsáveis pelo processo.

Telmo Afonso lembrou que “os constrangimentos têm sido muitos em relação às pessoas” e salientou que “tudo aquilo que está preservado foram os bisavôs, os avôs, os pais” que o fizeram.

“Houve uma altura em que o parque foi às pessoas e que se preocupou com as pessoas, agora é mais de «chicote»”, afirmou, referindo-se à ideia prevalecente da repressão, nomeadamente as coimas por práticas como cortes de árvores.

“A principal espécie que não é protegida no Parque Natural de Montesinho é a humana e os nossos jovens não se radicam nas aldeias porque têm restrições”, insistiu.

Às críticas, a diretora regional do INCF, Sandra Figueiredo, respondeu que as câmaras municipais, que presidem à Comissão de Cogestão “são órgãos eleitos que representam as pessoas e o território”.

Admitiu, contudo, que não conseguiram colocar toda a gente que gostariam na Comissão de Cogestão, todavia indicou que será possível criar grupos de trabalho sobre determinados setores, entre eles os do turismo de natureza.

A proposta para o novo modelo de gestão contempla três órgãos, um Conselho Estratégico de natureza consultiva com 20 instituições, entre eles um representante das juntas de freguesia, a Comissão de Gestão, que será quem toma as decisões, e uma estrutura de apoio, com técnicos para operacionalizar as decisões, como explicou a técnica coordenadora, Márcia Moreno.

A Comissão de Cogestão será o principal órgão presidido pelo presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, e pelo presidente da Câmara de Vinhais, Luís Fernandes, em substituição.

Da comissão fazem também parte o ICNF, a Direção Regional de Agricultura e Pescas, O Instituto Politécnico de Bragança, a associação florestal Arbórea, a associação ligada ao burro de Miranda, para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA), em representação das associações ambientalistas, e a Azimute, uma associação de Bragança ligada aos desportos de aventura, juventude e ambiente.

A proposta para o novo modelo de gestão será apresentada até agosto em sessões para ouvir contributos nas várias localidades do Parque, em outubro e novembro estará em discussão pública e em dezembro será apresentada a proposta final para começar em vigorar em 2023, segundo a técnica Márcia Moreno.

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, realçou que o que se pretende é “a articulação da preservação dos valores ambientais com as pessoas, sem nunca castrar o processo de desenvolvimento do território”.

Para o efeito, considerou que “a batalha daqui para a frente” será também “a revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho, que é restritivo em algumas matérias”.

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