"A ministra da Ciência e do Ensino Superior tem transmitido uma mensagem favorável à atribuição do grau de doutor pelos politécnicos", afirmou Orlando Rodrigues, admitindo preocupação com o assunto. "É uma questão que foi aprovada na generalidade e por unanimidade no Parlamento, mas está a ser discutida na especialidade, e a nossa expectativa é que seja agendada para janeiro a votação, só que pode haver alterações, pois sabemos que há deputados que se opõem. A perceção que temos é que a maioria dos deputados são favoráveis", explicou o presidente do IPB.
Ainda sobre os doutoramentos, Orlando Rodrigues considera que é conveniente no país "que haja diversidade no sistema e que as empresas participem nesse trabalho", de modo que sejam vocacionados para as necessidades das regiões. "Não precisamos de doutoramentos ajustados às necessidades de uma universidade espanhola, do Porto ou de Lisboa. Precisamos que as nossas linhas de investigação respondam às necessidades da região. Se continuamos subjugados e limitados pelas orientações de conselhos científicos e universidades que não têm nada que ver com a nossa região, estaremos a distorcer e a não fazer o que a nossa região precisa", referiu.
O responsável reclama ainda a mudança na designação de politécnicos para universidades.
O baixo financiamento do ensino superior também mereceu destaque do presidente do IPB. "Em termos de percentagem do IPB, estamos na cauda do financiamento da OCDE. Isto é uma urgência nacional, porque há uma relação muito direta entre investimento que os países fazem em ciência e tecnologia e o desenvolvimento da nação", vincou.
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