Isto traduz-se num prejuízo de mais de 7 milhões de euros. De acordo com Abel Pereira, presidente da Arbórea, Associação Agro-Florestal da Terra Fria Transmontana, são quebras significativas que dificilmente se recuperam.
“É um impacto que é incapaz de recuperar, não é fácil”, afirmou.
Este ano ainda houve um aumento do preço da castanha, mas ficou muito aquém para conseguir resolver o problema da quebra.
“Em algumas localidades conseguimos ter os preços acima dos 3 euros, castanha que ano passado custava 2,3 euros. Se não tivéssemos este aumento na ordem dos 20%, provavelmente a nossa quebra seria na ordem dos 80%”, sublinhou.
A quebra da castanha trouxe prejuízos para os bolsos dos agricultores e consequentemente vai ter impacto na linha de produção.
“A nível dos factores de produção vai haver um crescimento reduzido e vai mexer com toda a cadeia. Vai haver problemas não só em quem produz, mas também em quem tem um negócio de venda de factores de produção”, explicou.
Tendo em conta as quebras significativas, a câmara de Vinhais leva hoje à Assembleia Municipal uma moção, com o objectivo de que o Ministério da Agricultura apoie os agricultores.
“Terão que ser tomadas medidas, porque senão isto agrava ainda mais a situação de concelhos como o nosso, porque a castanha tem uma preponderância muito grande e claro toda a economia gira, ou neste caso, não gira por causa desta perda de produção. Portanto, pretendemos que os nossos produtores sejam ajudados”, disse o presidente do município, Luís Fernandes.
O sector da castanha gera, anualmente, 12 milhões de euros no concelho de Vinhais. Este ano, os ganhos vão ficar apenas pelos 5 milhões.
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