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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Festa dos Rapazes animou aldeias do concelho de Bragança

 A Festa dos Rapazes, em Varge, e em outras aldeias do concelho de Bragança, como Aveleda, também voltou a decorrer dentro da normalidade


A comemoração aconteceu ontem e decorre ainda hoje e é organizada pelos jovens rapazes solteiros da aldeia. Esta festividade é marcada por uma “crítica social” que é até muitas vezes encenada.

“Acontece, por exemplo, aproveitando a saída da missa de Natal e nesse momento o largo mais próximo da Igreja é onde o povo se reúne para ouvir essas ditas críticas. São vários factos que são relatados, em verso, em quadros e alguns deles são representados como uma espécie de teatro de rua. Tudo isto para mostrar, ridicularizar e divertir o povo. Inclusivamente os próprios visados na crítica estão presentes ali e não levam a mal, eles próprios se riem”, explicou António Tiza, especialista em rituais de inverno e mascarados.

Depois deste ritual, segue-se a visita dos mordomos da festa, que são os jovens rapazes solteiros, dos caretos e dos gaiteiros a todas as casas da aldeia.

“As famílias ao receberem os mordomos da festa, os caretos e a música da gaita-de-foles sentem-se dignificados, valorizados e homenageados com este gesto que é muito interessante. Significa para eles que pertencem à comunidade e são respeitados”, disse.

E claro, os Caretos também são os reis da animação nestes dias.

“Executam um conjunto enorme de brincadeiras, como é o caso de mergulharem no rio, com a água gelada, ou no tanque da aldeia e o povo assiste. Depois metem-se com os forasteiros, que aparecem de carro, fazem-nos parar e estabelecem ali um diálogo humorístico e no final pedem um donativo para a festa”, referiu.

Mesmo estando numa região desertificada, a festa consegue fazer-se por jovens rapazes solteiros que são da terra, mas que estão no estrangeiro ou noutros pontos de Portugal e vêm para Varge nesta época do ano para não deixar que a tradição morra.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

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